Diversificação: analistas listam as melhores opções dentro da renda fixa

Entre títulos públicos, CDBs, fundos, debêntures, FIDCs e CRIs, avalie as opções para compor uma carteira variada

Equipe InfoMoney

SÃO PAULO – Quem investe no mercado financeiro está, inevitavelmente, exposto ao risco. Porém, existem maneiras de “driblar” a instabilidade dos mercados, e a mais conhecida e recomendada delas é a diversificação.

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Ao compor uma carteira com diferentes tipos de ativos, o investidor consegue equilibrar sua exposição ao risco. Perdas em determinadas aplicações são compensadas pelos ganhos das demais, trazendo uma atrativa rentabilidade média sobre o montante total investido.

Na renda fixa, o investidor se depara com uma gama de opções que podem compor um portfólio diversificado.

Avaliando os títulos públicos

A primeira recomendação de Carlos Cintra, gerente de renda variável do Banco Prosper, é que o investidor tenha em mente qual é a sua perspectiva de retorno: curto, médio ou longo prazo. E, dentro desta primeira avaliação, deve-se também pesar a liquidez dos ativos. “Dificilmente é possível casar a necessidade de resgate do recurso aplicado com o vencimento do ativo”, diz Cintra.

No curto prazo, uma interessante alternativa de investimento seriam as LFT (Letra Financeira do Tesouro Nacional), indexadas à taxa Selic. André NG, analista da Infinity Asset Management, acredita que este título aparece como uma boa alternativa para aqueles que querem balancear os riscos da renda variável.

Ainda dentre os títulos públicos, NG avalia que os investidores que querem proteger seu patrimônio de perdas inflacionárias podem optar pela NTN-B (Nota do Tesouro Nacional – série B), título de elevada liquidez que tem rentabilidade vinculada à variação do IPCA, acrescida de juros definidos no momento da compra. O analista da Infinity recomenda os papéis com vencimento entre 2010 e 2015, que apresentam cupom atrativo. Carlos Cintra também vê atratividade na NTN-B, e a recomenda para quem mira o médio prazo.

O analista da Infinity também vê com bons olhos a LTN (Letras do Tesouro Nacional), que, dentro das alternativas de títulos públicos pré-fixados, ainda apresenta taxas atrativas. Comparando estes papéis com a NTN-F (Nota do Tesouro Nacional – série F), NG dá preferência à primeira opção. Quem preferir a NTN-F, a recomendação vai para os títulos com prazos de vencimento mais longos.

O CDB

Para os investidores que pensam no curto prazo, Cintra também recomenda o CDB (Certificado de Depósito Bancário). Na sua opinião, a possibilidade de adequar o vencimento do papel à necessidade de resgate dos recursos é uma das principais atratividades do CDB.

Já o analista da Infinity não vê esta aplicação com a mesma perspectiva. Para NG, o pequeno e médio investidor tem retornos próximos ao da poupança se considerados todos os impostos incidentes sobre o CDB, tirando parte de sua atratividade de curto prazo.

Fundos de investimento

Para o investidor que quer diversificar via fundos de investimentos, NG recomenda a procura pelos fundos de renda fixa alavancados, que têm apresentado uma rentabilidade relativamente superior aos fundos DI e de renda fixa tradicional.

Já o gerente do banco Prosper tem uma visão menos otimista para esta opção. Quem aplica em fundos deve compartilhar da visão estratégica do gestor, além de procurar conhecer a carteira de ativos que compõe o fundo. Contudo, Cintra não deixa de destacar que os fundos têm por diferencial a opção de uma maior diversificação, o que otimiza os ganhos.

Debêntures, FIDC e CRI

Frente às debêntures, ambos os analistas destacam dois fatores que limitam a atratividade: a baixa liquidez e as poucas opções do mercado de títulos privados. Atualmente, a única oferta de debêntures em operação é a da BNDESPar.

O FIDC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios) e o CRI (Certificado de Recebível Imobiliário) são tidos como opções pouco acessíveis aos pequenos e médios investidores, além de, por serem produtos mais complexos, demandarem um maior estudo por parte de quem investe.

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