Bebidas alcoólicas devem ser reclassificadas até dia 30 para reajuste de tarifas

A partir de outubro aumenta o IPI sobre as bebidas; Receita estima que repasse ao consumidor chegue a 5%

Equipe InfoMoney

Publicidade

SÃO PAULO – Os produtores de bebidas quentes (fermentadas e destiladas, exceto cerveja) têm até o dia 30 de setembro para informar à Receita Federal as características e os preços dos produtos.

O objetivo da informação é classificar novamente as bebidas para o novo regime de cobrança do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para esses produtos, que entrará em vigor em outubro. A Receita estima que, para o consumidor, deve haver um aumento de preços em torno de 5%.

Os dados devem ser transmitidos à Receita por meio de sua página na internet (www.receita.fazenda.gov.br). A reclassificação, segundo o órgão, deve ser pedida mesmo que os preços não tenham mudado desde a última vez que as informações foram repassadas ou que o produtor tenha enviado recentemente os dados.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Reclassificação

A Receita Federal espera receber 10 mil pedidos de reenquadramento durante o mês. Para cada produto, o fabricante deve informar o preço médio de comercialização entre 1º de setembro de 2007 a 31 de agosto deste ano. Essa medida será calculada com base no volume de vendas. Para os produtos que começaram a ser comercializados nesse período, o preço deverá ser apurado durante os meses de venda.

Embora os pedidos de reclassificação sejam feitos via internet, a análise das informações ficará a cargo das Delegacias Regionais da Receita na área de fabricação da bebida. Quem não fornecer os dados ou repassar informações incompletas ou erradas será reenquadrado à revelia, e terá de pagar multa e juros.

De acordo com a Receita, o reenvio das informações é necessário para a aplicação das novas alíquotas do IPI para as bebidas quentes, que sofrerão aumento de 30% a partir de 1º de outubro. Segundo o órgão, os tributos precisavam ser realinhados com os preços, que evoluíram desde que o último ajuste foi feito, no final de 2002.

Continua depois da publicidade

Reajustes

Segundo a Agência Brasil, a Receita estima que o aumento dos preços para os consumidores ficará, no máximo, em 5%. A cerveja, a água e os refrigerantes, que seguem outro sistema de tributação, também terão o IPI reajustado, mas apenas a partir de janeiro de 2009.

A tributação das bebidas quentes se dá por meio de um valor fixo por unidade. Para esses produtos, a alíquota atualmente varia de R$ 0,11 a R$ 13,37 por litro, conforme a classificação da bebida. Com a mudança, a incidência do IPI passará para uma faixa entre R$ 0,14 e R$ 17,39 o litro.

Para o vinho, o IPI será de R$ 0,23 a R$ 17,39 a garrafa, dependendo da qualidade. A alíquota da cachaça passará para uma faixa de R$ 0,34 a R$ 0,39 a garrafa. Levando-se em conta um preço de R$ 20 para a garrafa de vodca, o imposto subirá para R$ 3,00. Para a garrafa de uísque importado, o IPI aumentará para R$ 17,00.