BCE aceitará títulos de rating baixo como garantia em empréstimos a bancos

Autoridade monetária também anunciou acordos com os bancos centrais de Hungria e Suíça para combater crise de liquidez

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SÃO PAULO – Sem medir esforços para combater a baixa liquidez nos mercados de crédito, o Banco Central Europeu divulgou na última quarta-feira (15) que aceitará ativos de maior risco como garantia de empréstimos a bancos.

A tarefa da autoridade monetária da zona do euro consiste em buscar o restabelecimento da confiança no sistema financeiro, ao mesmo tempo em que substitui diretamente a oferta de crédito atualmente empoçada.

Com o derretimento dos mercados e as perspectivas de desaquecimento econômico global, o foco do BCE – e de outras autoridades monetárias – tem convergido abruptamente do combate à inflação para a luta contra o congelamento do crédito e seus efeitos sobre a atividade econômica.

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Maior risco

Com estas medidas, o Banco Central Europeu passará a aceitar títulos com ratings baixos denominados em dólares, ienes e libras – além de euros – em troca de empréstimos, desde que tenham sido emitidos em um dos 15 países que o compõem. As mudanças entram em vigor imediatamente, permanecendo assim até o fim de 2009.

Além do afrouxamento monetário tradicional, com a promoção de cortes na taxa básica de juro, os bancos centrais têm buscado outros mecanismos para remover, especialmente, as restrições ao mercado interbancário, ofertando recursos.

“A expansão dos critérios de elegibilidade anunciada hoje [quarta-feira] serão combinadas com monitoramento vigilante do uso deste quadro regulador”, afirmou a instituição em comunicado.

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Coordenação

Assim como tem feito o Federal Reserve, o BCE anunciou acordos com outras autoridades monetárias, como os bancos centrais da Suíça e Hungria, a fim de capacitá-las a ampliar o fluxo de moedas como o dólar e o euro em seus sistemas financeiros.

Deste modo, concederá garantias de € 5 bilhões para as operações da autoridade húngara no mercado, ao mesmo tempo em que realizou acordo de swap cambial por sete dias com o Banco Nacional da Suíça, a fim de reduzir as taxas de mercado para operações com francos-suíços.