Resultado desaponta e Apple continua em queda livre, com recuo de 10%

Quedas já chegaram a 34,5% desde máxima histórica alcançada em setembro de 2012

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – Os resultados da Apple voltaram a decepcionar o mercado, fazendo com que as ações despencassem 10,14% no after hours da Nasdaq, alcançando os US$ 481,90. A empresa comunicou essa quarta-feira (23) que teve lucro líquido de US$ 13,07 bilhões no 1º trimestre fiscal de 2013, dentro de uma receita de US$ 54,61 bilhões.

A empresa vendeu 47,8 milhões de iPhones durante o período do resultado, 22,9 milhões de iPads, 12,7 milhões de iPads e 4,1 milhões de Macs. As margens da empresa cairam de 44,7% um ano atrás para 38,6%. Analistas esperavam que a companhia batesse o resultado assim como duas de suas grandes rivais, o Google e a IBM. 

Com a queda desse after hours, a empresa fundada por Steve Jobs e Steve Wozniak vê sua ação despencar 34,49% desde a máxima de US$ 705,07 em setembro de 2012. A empresa é alvo de discussão por lá, entre os que acreditam na retomada de seu desempenho, e entre aqueles que pensam que a ação deve continuar a trajetória de queda. 

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A companhia se vê pressionada pelos problemas do iPhone 5, que foi alvo de críticas por não mais conter um aplicativo do Google Maps – e sim a versão da Apple, considerada defeituosa por usuários – e dobrar, o que coloca a durabilidade do aparelho em dúvida. 

Vale lembrar que na primeira vez que Jobs esteve fora da empresa foi de 1986 a 1996 – época em que a Apple já possuia capital aberto. Sem a mente criativa de Jobs, os papéis da empresa caíram de US$ 23,12 para US$ 20,87 – um recuo de 9,73%. Nesse mesmo período, o Dow Jones, considerado uma média de desempenho do mercado norte-americano, saltou dos 1.546 pontos para 6.448 pontos – um avanço de 317,08%.

Desta vez, a empresa continuou a trajetória de alta – chegando a dobrar de tamanho depois da morte de seu fundador. Contudo, com a perda de fôlego dos últimos meses, os ganhos já foram reduzidos para 33,50% desde o patamar da morte de Jobs, quando cada ação da Apple valia US$ 360,30. Será que a empresa precisa da genialidade do criador para ver as ações se recuperarem?