Captação de IPOs salta 94% em 2018 e mostra apetite do mercado em ano eleitoral

O segundo ativo mais utilizado pelas companhias no mês foram as debêntures, com ofertas que movimentaram R$ 6,7 bilhões

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – As ações lideraram as captações de recursos pelas companhias em abril. Em apenas um mês foram realizados três IPOs (ofertas iniciais de ações) que movimentaram R$ 6,8 bilhões, tanto em emissões primárias, como distribuições secundárias dos ativos.

As ofertas da Notre Dame Intermédica Participações (GNDI3), da Hapvida Participações e Investimentos (HAPV3) – ambas do segmento de assistência médica – e do Banco Inter movimentaram, respectivamente, R$ 2,7 bilhões, R$ 3,3 bilhões e R$ 0,7 bilhão, inaugurando os IPOs em 2018, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).

As operações ocorrem em um momento favorável da Bolsa, que registrou em abril seu quinto mês consecutivo de alta. O resultado dos IPOs no ano é 94,3% maior que o volume realizado no mesmo período de 2017 (de R$ 3,5 bilhões). Contudo, levando-se em conta também as operações de follow-ons de ações, o resultado de 2018 ainda está 40% aquém do montante captado em 2017.

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O segundo ativo mais utilizado pelas companhias no mês foram as debêntures, com ofertas que movimentaram R$ 6,7 bilhões, volume que também superou os R$ 4,8 bilhões de 2017. Os destaques entre as operações foram a captação da Celse (Centrais Elétricas de Sergipe), que movimentou R$ 3,4 bilhões, e da Atacadão, com volume de R$ 1,5 bilhão.

No ano passado, 15 setores já realizaram ofertas de debêntures, com 59 operações. Entre os setores que mais se utilizaram do instrumento estão os de energia elétrica, que concentrou 33,8% das operações, e os setores de transporte e logística e de assistência médica, com, respectivamente, 13,9% e 12,6% do volume total.

As captações locais das companhias chegam a R$ 52,5 bilhões em 2018, com um avanço expressivo em comparação aos R$ 40,3 bilhões captados no mercado local nos primeiros quatro meses de 2017, e também superior ao volume obtido pelas companhias no mercado internacional em 2018, que foi de R$ 36,1 bilhões.

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Essa movimentação demonstra que, a despeito das expectativas de volatilidade em função do ano eleitoral, a queda da inflação e dos juros tem incentivado o aumento da busca de recursos pelas companhias, e o que é mais promissor, com destinação para investimentos.

Entre as ofertas de ações, 94,6% dos recursos foram destinados à aquisição de ativos ou de atividades operacionais. Enquanto isso, entre as debêntures, passou de 12,1% para 27,1% o volume de debêntures destinadas ao financiamento de infraestrutura, na comparação entre o primeiro quadrimestre de 2017 e o mesmo período de 2018.

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