BofA eleva preço-alvo e recomenda compra para ação que subiu 510% em 2017

Com concorrentes "saindo da frente", analistas veem oportunidade de expansão da companhia

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – O Bank of America Merrill Lynch atualizou suas projeções para a Magazine Luiza (MGLU3), reiterando a recomendação de compra para as ações, cujo preço-alvo para 12 meses foi revisado de R$ 90 para R$ 120 – o que implica um potencial de valorização de 29,5% em relação ao último fechamento da ação.

A ação da Magalu subiu 510,5% em 2017 e neste ano já acumula ganhos de 15,6% (até o fechamento do dia 16). A ação faz parte da lista de recomendações da Carteira InfoMoney (Clique aqui para assinar o relatório Carteira InfoMoney Premium e receber estas recomendações em tempo real).

Este preço-alvo 33% maior reflete o “novo múltiplo” que o banco passou a utilizar em seu valuation da varejista: o P/L (Preço/Lucro) estimado para 2019 subiu de 29x para 33x, “um prêmio em relação aos varejistas físicos, mas um desconto considerado em relação aos líderes de e-commerce puro”, explicam os analistas Robert Aguilar e Rodrigo Cruz. 

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Os analistas do BofA ainda elevaram em 15% a 20% as projeções de lucro líquido por ação para Magalu neste biênio – de R$ 2,62 por ação para R$ 2,91 por ação em 2018 e de R$ 3,10 para R$ 3,60 em 2019. “Vemos oportunidades para melhorar o capital de giro e a geração de caixa”, complementaram.

Para a dupla de analistas, a Magalu deve manter o ritmo mais rápido de crescimento ao mesmo tempo em que suas principais rivais, como Walmart e B2W, estão correndo atrás desta fatia de mercado, reduzindo agressivamente seus preços iniciais nas ofertas feitas no e-commerce de forma a ganhar “share”. Essas saídas, segundo o BofA, coincidem com o marketplace mais amplo da Amazon e as expectativas de oferecer preços mais competitivos no mercado de eletrônicos. 

A equipe de análise afirma ainda que o aumento das taxas dos Correios devem trabalhar em favor da Magazine Luiza, que possui uma logística própria, podendo custar metade das taxas de drop-ship vista na Amazon (quando o revendedor não mantém os produtos em estoque e vende os que estão no estoque do fornecedor), enquanto o Mercado Livre tem quase 90% da sua mercadoria bruta vendida no Brasil via Correios.

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“Esperamos também que as vendas de MGLU se beneficiem dos diversos esforços para reduzir o tempo de entrega, ampliar a oferta de produtos, incluir logística reversa e integrar o seu marketplace em 2018”, escreve o BofA.

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