4 erros financeiros que a maioria dos brasileiros comete sem perceber

70% dos brasileiros costumam utilizar essas linhas de crédito sem saber ao certo as taxas que pagam

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Você sabe exatamente quanto paga nos juros do cartão de crédito e cheque especial? Uma pesquisa realizada pela Ilumeo, em parceria com RICAM Consultoria, revela que 70% dos brasileiros costumam utilizar essas linhas de crédito sem saber ao certo as taxas que pagam.

Com objetivo de entender o comportamento dos brasileiros em relação às suas finanças, o estudo entrevistou 1.155 brasileiros com idade entre 18 e 60 anos, das classes A, B e C de 255 municípios brasileiros.

O levantamento revelou que além dos brasileiros não saberem o custo total das taxas das linhas de crédito, também não planejam em quanto tempo pretendem quitar as dívidas. “Não conheço ninguém que compra um produto sem saber quanto custa, mas a maioria das pessoas faz exatamente isto quando se endivida”, disse o economista e diretor da RICAM Consultoria, Ricardo Amorim. “Pelo efeito dos juros compostos ao longo do tempo e das elevadas taxas de juros brasileiras, muitas delas acabam em dificuldades sérias.”

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Outros dados levantados pela pesquisa sobre esferas da vida financeira da população também indicam que ainda há um despreparo do brasileiro em relação ao assunto. Confira abaixo os 4 maiores erros financeiros que a maioria dos brasileiros comete:

1. Dia a dia sem planejamento
Comportamentos cotidianos simples que impactam diretamente a saúde financeira das pessoas ainda são um entrave para muitos entrevistados. Ao contrário do que indicam especialistas, apenas 32% das pessoas anotam todos os seus gastos. Já 36% anotam somente as maiores compras e 32% nunca anotam nenhum de seus gastos.

Por outro lado, a pesquisa revelou que 69% das pessoas gostariam de anotar suas despesas para ter maior controle no dia a dia. “Como existe uma distância grande entre intenção e comportamento, quanto mais fácil e intuitivo for o processo de anotação, com ajuda de aplicativos, lembretes no celular, entre outros, mais tendem a crescer as práticas conscientes sobre os próprios gastos”, diz Otávio Freire, diretor da Ilumeo.

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2. Família, finanças à parte
Apesar de 88% dos entrevistados casados declararem que conversam com os parceiros sobre finanças familiares, 71% consideram que a organização de orçamento da casa é centralizada em apenas uma pessoa. Outro ponto interessante sobre os casais é que nem todos eles têm o mesmo plano em relação ao que fazer com o dinheiro que sobra no fim do mês. Mais de 24% acreditam que os planos do parceiro para o dinheiro extra são diferentes dos seus e 13% dizem não saber quais são os planos do parceiro. Já 63% dos casados acreditam que têm os mesmos planos que os parceiros para uso do recurso que sobrou.

3. Abre mão da rentabilidade para a segurança
A poupança é disparada a forma de investimento mais conhecida (95%), seguida pela previdência privada (66%). Apesar de 59% comentarem que já ouviram falar sobre o mercado de ações, apenas 3% declararam já ter investido neste mercado. “As pessoas abrem mão de rentabilidades mais altas em função da familiaridade e segurança da poupança. Ao longo do tempo, esta escolha acaba reduzindo muito o valor dos investimentos”, comenta Amorim.

4. Falta educação financeira
Quase metade dos entrevistados declarou nunca ter ouvido dicas ou orientações sobre educação financeira. Entre aqueles que já ouviram alguma dica, televisão (48%) e sites (28%) são meios considerados relevantes.