“Bolsonaro é o passaporte para a volta do PT”, diz Alckmin, que defende aprovar 4 reformas já no 1º ano

Em evento promovido pelo Poder360, ele destacou reformas estruturantes prioritárias logo no começo do governo: a da Previdência, a política, a tributária e a do Estado

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em entrevista durante o evento Poder360-Ideias, promovido pelo site Poder360, o pré-candidato à presidência da República Geraldo Alckmin (PSDB) disse que os votos em Jair Bolsonaro “são passaporte para a volta do PT“, referindo-se a uma eventual disputa entre os dois pólos no segundo turno.

Alckmin acredita que estará no segundo turno, mas não quis indicar quem ele acredita que será seu adversário. Ele afirmou também que, “se o PT concentrar a esquerda para valer”, pode estar no páreo. “O candidato do PT vai ter 2% dos votos? Impossível. Não vai ser assim“, afirmou, numa referência à pontuação que os possíveis substitutos de Lula têm registrado em pesquisas eleitorais.

Caso seja eleito, Alckmin disse que pretende enviar nos primeiros dias de seu mandato propostas de quatro reformas estruturantes ao Congresso: a da Previdência, a política, a tributária e a do Estado, apontando que o seu desejo é aprová-las no primeiro ano de governo. “Nos primeiros meses a força política é muito grande. A eleição traz muita legitimidade, quem for eleito vai ter quase 60 milhões de votos“, disse.

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No campo da mudança do sistema previdenciário, defendeu o fim da separação dos regimes para os trabalhadores da iniciativa privada e para os servidores públicos. 

Na área dos tributos, disse ser favorável a uma proposta do economista Bernardo Appy de reunir cinco impostos e contribuições que existem em uma única taxa, o Imposto de Valor Agregado.

O ex-governador ainda indicou que manteria Ilan Goldfajn no comando do Banco Central, com Pérsio Arida no Ministério da Fazenda.  “Ilan é um bom presidente do Banco Central. Gostaria de tê-lo no BC“. 

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Alckmin comentou o resultado  ruim para ele no Datafolha, que o mostra com até 8% das intenções de voto dependendo do cenário.  Ele apontou que as pesquisas de intenção de voto só ganham valor no final da campanha. O levantamento feito em abril “está correto do ponto de vista estatístico, mas não tem valor político“, afirmou.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.