O combate aos privilégios chegou à agenda política para ficar ou é cortina de fumaça?

O programa Conexão Brasília é transmitido ao vivo, às sextas-feiras, a partir das 14h45; assista

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Nesta semana, o governo do presidente Michel Temer apresentou o novo texto para fazer avançar a reforma previdenciária no parlamento, com o intuito de concluir a tramitação na Câmara dos Deputados antes do recesso de fim de ano. As novas propostas vieram em linha com o que já se ventilava na imprensa. Enquanto se articula na formulação de uma nova narrativa, desta vez concentrada no “combate a privilégios”, para elevar o potencial de vitória na ofensiva, o peemedebista também deu início a movimentações nos ministérios, a fim de reorganizar a base e conferir maior proporcionalidade à distribuição de cargos em função do apoio no Legislativo. Quem saiu prejudicado na história foi o PSDB, que se prepara para eleições internas e sinaliza o desembarque do governo, mas mantendo compromisso com a agenda de reformas econômicas.

No Supremo Tribunal Federal, a formação de maioria do pleno em torno da restrição dos casos de direito ao foro privilegiado foi o grande destaque, ocorrendo simultaneamente ao avanço de uma PEC sobre o mesmo assunto (porém, mais drástico) na Câmara, após aprovação no Senado. A iniciativa dos parlamentares foi entendida como retaliação, colocando em risco também o acesso a foro por magistrados e uma série de outras categorias. Apesar da formação de maioria no pleno da corte, o julgamento não foi concluído, devido a um pedido de vista do ministro Antonio Dias Toffoli, que sucederá Cármen Lúcia no comando do STF no ano que vem. Uma trégua para o novo episódio de crise institucional que se desenhava no horizonte. Talvez, sem entrar no mérito da questão, um resultado positivo para a reforma da Previdência, que poderia ser inviabilizada por uma reformulação da agenda legislativa.

Em meio a todo esse vaivém, os eleitores, que ainda começam a conhecer os nomes que podem despontar nas prateleiras pelas próximas eleições, viram o avanço do nome de Luciano Huck em função de pesquisa divulgada pelo instituto Ipsos mostrando elevado nível de aprovação do apresentador. A amigos, contudo, ele teria sinalizado não estar interessado em participar da corrida presidencial. Será? À medida em que o calendário eleitoral se aproxima, crescem as especulações, apostas e articulações de bastidores. Até mesmo uma possível tentativa de reeleição de Michel Temer entra nos cenários estudados pelos analistas. O presidente teria fôlego e condições de promover tamanha melhora em sua imagem em tão pouco tempo?

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Para analisar estes e outros temas que movimentam o noticiário político, o programa Conexão Brasília desta sexta-feira (24) recebeu Luiz Peres Neto, professor de ética do programa de pós-graduação em comunicação e práticas de consumo da ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), e o analista político Paulo Gama, da XP Investimentos. Assista à íntegra do programa no vídeo abaixo:

Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.