Lava Jato quer tirar “tralhas” de Lula e enviar de volta ao Palácio do Planalto

Entre os bens, que estavam em um cofre-forte de uma agência do Banco do Brasil, estão moedas, espadas, adagas, canetas, condecorações e outros objetos de valor

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Os bens do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que foram presentes de quando comandava o país estão na mira da força-tarefa da Lava Jato, segundo informou o colunista do jornal O Estado de S. Paulo, Fausto Macedo. Segundo ele, os procuradores pediram ao juiz federal Sérgio Moro que autorize a Secretaria de Administração do Planalto a incorporar uma parte das “tralhas”.

Os bens estavam no cofre-forte de uma agência do Banco do Brasil, em São Paulo, segundo a Operação Aletheia – que levou o ex-presidente para depor coercitivamente em 4 de março de 2016. Na ocasião, a Polícia Federal encontrou moedas, espadas, adagas, canetas, condecorações e outros objetos de valor.

Segundo a reportagem, em ofício do dia 17 de fevereiro, a força-tarefa afirmou a Moro que a Secretaria do Planalto apresentou relatório e discriminou quais objetos devem ser incorporados ao patrimônio da Presidência. “O Ministério Público Federal requer seja autorizada a Secretaria de Administração da Presidência da República a adotar as providências necessárias à incorporação, ao patrimônio da Presidência da República, dos bens descritos no item 61 Relatório Final da Comissão Especial”, solicitam.

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O documento pede ainda “autorização para a tomada das providências necessárias para incorporação dos bens em testilha ao patrimônio da Presidência da República”. Em sua defesa, quando foram encontrados os objetos, Lula afirmou que não sabia onde estavam as inúmeras “tralhas” que ganhou quando presidente e que iria entregar tudo para o Ministério Público.

Em resposta às informações publicadas por Fausto Macedo, a defesa de Lula afirmou que este pedido é “mais um exemplo gritante dos abusos e da perseguição imposta ao ex-presidente”. “A única interpretação possível é a de que a Lava Jato busca destruir a imagem e a história de Lula. A tentativa de retirar bens de seu acervo presidencial agora posta em curso é parte dessa estratégia impatriótica”.

De acordo com a nota do ex-presidente, o “processo de recebimento, catalogação e entrega dos bens relativos ao acervo de Lula seguiu os mesmos parâmetros aplicados para os demais ex-Presidentes da República desde 1991, quando entrou em vigor a Lei no. 8.394, que disciplina o assunto”.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.