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SÃO PAULO – Para o Palácio do Planalto, foi um balanço dos seis meses do governo Michel Temer. Já para o jornal britânico Financial Times, o vídeo apresentado no último final de semana teve como propósito mostrar principalmente a confiança do peemedebista em seu programa de reformas após o real ter registrado um dos piores desempenhos entre as moedas dos mercados emergentes nos dias seguintes após a eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA.
“O governo Temer lançou no sábado uma longa lista de alegadas conquistas sociais e econômicas durante seis meses no poder, após a moeda brasileira sofrer sua pior perda de três dias em relação ao dólar na semana passada desde 2008, com uma depreciação de 7,3%”, aponta a reportagem.
Ao jornal, o economista-chefe para mercados emergentes da Capital Economics, Neil Shearing, a forte queda da moeda brasileira é um “lembrete de que os cenários políticos são muito incertos em vários países, particularmente no Brasil”.
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O real tem registrado expressiva valorização desde o impeachment de Dilma Rousseff, uma vez que Temer tem um estilo mais amigável ao mercado do que a sua antecessora e tem implantado medidas de austeridade fiscal durante o seu período no governo, de forma a tirar o País da recessão. Contudo, o jornal aponta que a mais importante delas é a mais difícil de ser implementada: a reforma da Previdência.
Em meio a esse cenário, após a eleição de Trump, o FT aponta que a saída dos investidores pode representar uma correção depois dos ganhos de mais de 20% da moeda brasileira. Além disso, os mercados também estão revisando as suas estimativas para os juros brasileiros.
“Isso sacudiu os investidores em um ambiente onde a política interna no Brasil ainda é muito incerta. Pode apenas ter estimulado uma reflexão”, afirmou Shearing.
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O jornal ressalta que, além das reformas, Temer está enfrentando pressão das investigações da Lava Jato em que ele e seu partido estão implicados. O jornal ainda aponta que ele está enfrentando incertezas de uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que examina se a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer deve ser ou não anulada.
“Isto significaria a saída de Temer do poder e possivelmente a realização de novas eleições, embora os analistas digam que as probabilidades deste acontecimento permanecem pequenas”, conclui o FT.
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