Dólar dispara pelo sexto pregão consecutivo e atinge a faixa de R$ 3,77

Decisão do BC em não elevar os leilões de swap cambial não foi bem recebida

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Caminhando para o sexto pregão consecutivo de alta, o dólar comercial sobe 1,35%, cotado a R$ 3,76 na venda, com o mercado preocupado com a escalada dos títulos do governo norte-americano de 10 anos, o que acaba gerando maior aversão ao risco. Além disso, a decisão do Banco Central em não elevar os leilões de swap cambial também não foi bem recebida pelos investidores.

Mesmo com a moeda superando a faixa de R$ 3,70 no pregão passado, o BC anunciou a rolagem até 4.225 swaps e oferta de mais 5.000 nesta sexta-feira, ou seja, manteve a atuação que tem feito desde o dia 14, em uma sinalização que deixará o câmbio flutuar mesmo com a forte alta deste mês. Em maio, o dólar sobe cerca de 6%, o que resultado em uma valorização de 12% este ano.

Entretanto, depois do movimento desta manhã, com a moeda atingindo a faixa de R$ 3,77 na máxima do dia e dando um verdadeiro susto nos investidores, o mercado considera que BC pode ampliar a oferta de swaps cambiais já que a decisão de manter a Selic em 6,50% ao ano não está contendo a depreciação do Real em meio a um quadro de pressão sobre os mercados emergentes, como o menor interesse pelo carry trade em vista da alta dos Treasuries.

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Os títulos do governo norte-americano com vencimento de 10 anos seguem próximos de 3,11%, maior alta desde julho de 2011, com o retorno dos temores de que a forte alta do petróleo no primeiro trimestre resultará na alta da inflação e motivará o Fed acelerar o passo quanto ao aumento de juros este ano. Em função da segurança que os títulos oferecem, os Treasuries normalmente têm sua demanda elevada em períodos de maior instabilidade e sua alta acaba reduzindo o apetite dos investidores por ativos de risco, migrando para ativos como o dólar, por exemplo.

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