Fim das quedas? Dólar volta para níveis pré-JBS e analista alerta para fim da atuação do BC

"Esta rolagem pressiona a cotação e a inflação para baixo. E, não vejo motivos para pressionar a inflação mais ainda para baixo", explicou

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O dólar segue em sua trajetória de queda nesta quinta-feira (20) e já volta para níveis abaixo de antes da delação da JBS, na casa de R$ 3,13. O dólar comercial fechou com perdas de 0,71%, cotado a R$ 3,1261 na compra e R$ 3,1268 na venda, na mínima do dia.

Neste cenário, o diretor da Wagner Investimentos, José Faria Júnior, avalia que o Banco Central deverá reduzir sua atuação no mercado por meio dos swaps, ou até mesmo parar a rolagem dos contratos de agosto. “Não faz muito sentido com o dólar na cotação atual a rolagem integral”, afirmou em relatório para clientes. “Esta rolagem pressiona a cotação e a inflação para baixo. E, não vejo motivos para pressionar a inflação mais ainda para baixo”, explicou.

Ainda segundo ele, a cotação do dólar muito baixa não é saudável para a indústria. Diante deste cenário, uma mudança da postura da autoridade monetária deverá afetar as cotações e o dólar, segundo Faria, deve perde um pouco do ímpeto de queda. Neste momento, a moeda busca a casa dos R$ 3,10, e pode não ter tanto espaço para cair mais.

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O mês tem sido marcado por volume mais enxuto de negócios, em razão das férias, o que faz com que menor número de operações ditem o rumo do mercado. Além disso, o fluxo deve ser marcado por entrada de recursos externos após diversas aberturas de capital de empresas brasileiras no período, que contribuíam para o recuo do dólar ante o real.

Nesta semana, a abertura de capital do Carrefour movimentou R$ 5,1 bilhões e, na sequência, acontece o IPO (Oferta Pública Inicial, na sigla em inglês) da Biotoscana. Ainda estão na lista para abrir capital a empresa de tecnologia Tivit Terceirização de Processos, a operadora de planos de saúde Notre Dame, a resseguradora IRB Brasil e a geradora de energia Ômega.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.