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SÃO PAULO – Nos últimos nove anos, o euro perdeu 32,4% do seu valor de face ante o dólar. De um pico de US$ 1,57 em março de 2008, a cotação da moeda comum europeia despencou para US$ 1,06 neste mês. Para analistas de mercado, este pode ter sido o “fundo do poço” e as perspectivas para os próximos meses são de valorização. De acordo com os especialistas, o fator que determinará a “recuperação” da moeda é a eleição presidencial da França, que ocorre em abril.
Em entrevista ao portal norte-americano CNBC, Vincent Chaigneau, chefe de mercado de câmbio e juros do Société Générale, destaca que os principais bancos centrais globais estão agindo e adotando posturas menos “dovish”. “Claramente o BCE (Banco Central Europeu), em particular, está mais otimista sobre crescimento e eu acredito que, se não tivermos nenhum acidente com a eleição na França, o balanço de risco deve se mover para neutro e a relação euro-dólar já deve ter passado pelas mínimas”, afirmou.
Em relatório no início da semana, o UBS destacou a recente resiliência do euro apesar do aumento dos yields dos títulos norte-americanos e europeus. “Um resultado amigável na eleição francesa e um guinada ‘hawkish’ no BCE (provavelmente no segundo semestre) dariam um impulso ao euro”, diz o texto.
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Dessa forma, segundo essas análises, apenas uma vitória de Marine Le Pen, líder da Frente Nacional e que defende a saída da França da União Europeia, seria capaz de impor uma desvalorização adicional à moeda do continente europeu. Na Holanda, a vitória do VVD, pardito do primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, nesta quarta-feira (15) alivou a preocupação com o avanço da onda conservadora na Europa e a possível ascensão do ultra-conservador Geert Wilders, ao poder. Agora os analistas passam a monitorar o pleito francês em abril.