Petrobras ajuda dólar a fechar abaixo de R$ 3,20, no menor nível desde a eleição de Trump

O dólar comercial fechou com queda de 0,78%, a R$ 3,1961 na compra e R$ 3,1967 na venda, após subir 0,74% no último pregão

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Com expectativas e entradas mais intensas de recursos, o dólar aprofundou a queda nesta segunda-feira (9), voltando a fechar abaixo do patamar de R$ 3,20, depois de passar parte do pregão com pequenas oscilações diante da cena externa. O dólar comercial fechou com queda de 0,78%, a R$ 3,1961 na compra e R$ 3,1967 na venda, após subir 0,74% no último pregão.

Foi o menor nível de fechamento desde os R$ 3,1674 de 8 de novembro, dia da eleição norte-americana, quando as apostas eram de que a candidata democrata Hillary Clinton venceria o republicano Donald Trump, o que acabou não acontecendo. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,90% no final desta tarde. Na máxima do dia, a moeda norte-americana chegou a R$ 3,2327 e, na mínima, a R$ 3,1907.

“Tem havido fluxo para Brasil, boa parte para renda fixa”, comentou o operador da corretora Mirae Asset, Olavo Souza. “E está havendo abertura do mercado para captação, o que favorece essa trajetória.”

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Um dos fatores que alimentaram a expectativa de mais entradas de recursos externos no país foi o anúncio da Petrobras, mais cedo, de que fará oferta de novos títulos para alongar a dívida. Segundo o IFR, serviço da Thomson Reuters, a estatal recebeu demanda de mais US$ 20 bilhões para emissão em duas tranches, segundo fonte.

Desde a semana passada operadores comentavam que fluxos pontuais de entrada de recursos estavam ocorrendo no mercado, ajudando a reduzir a cotação do dólar frente ao real. No exterior, o dólar caía ante uma cesta de moedas, embora continuasse a subir sobre os pesos mexicano e chileno.

Os mercados estão de olho no futuro governo Trump, que assume a Presidência dos Estados Unidos no próximo dia 20, diante de suas promessas de adotar uma política econômica inflacionária. Os investidores temem que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa elevar ainda mais os juros e atrair para a maior economia do mundo recursos hoje aplicados em outras praças, como a brasileira.

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Com Reuters

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.