Dólar futuro zera ganhos após BC realizar leilão de swaps para conter disparada

Após subir quase 4%, o contrato futuro do dólar chegou a zerar os ganhos e opera em leve alta

Paula Barra

Publicidade

SÃO PAULO – O Banco Central colocou os 8.100 contratos de swaps dos 20.000 ofertados na tarde desta sexta-feira (11). Os contratos tradicionais equivalem a uma venda de dólares no mercado futuro e funciona como proteção a agentes no mercado. Após o resultado, que saiu às 15h10 (horário de Brasília), o BC chamou novo leilão para colocar os 11.900 contratos restantes, cujo resultado saiu às 15h40. O BC colocou 10.950 contratos dos 11.900 ofertados. 

Com os anúncios, o contrato futuro do dólar DOLZ16, com vencimento em dezembro de 2016 e negociado na BM&FBovespa, zerou os ganhos por volta das 15h30, após ter disparado quase 4% na máxima do dia e operou entre leves perdas e ganhos a partir de então. Às 15h50 (horário de Brasília), o contrato futuro registrava leve queda de 0,06%, a R$ 3,400. Já o dólar comercial operava em alta de 0,95% no mesmo momento, a R$ 3,3935 na venda.  

Mais cedo, o BC colocou todos os 15 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão de rolagem, na primeira operação do tipo desde abril. 

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

A autoridade monetária e atua diante da pressão nos mercados emergentes provocada pelo “efeito Donald Trump”. Com a expectativa de uma política expansionista do presidente eleito dos EUA, o mercado já precifica altas maiores de juros pelo Federal Reserve. 

Segundo o BNP Paribas, o BC toma decisão correta, em “situação do mercado que merece cautela e uma postura pró-ativa”. De acordo com o banco, o BC mostra que tem capacidade e pragmatismo para se adaptar a diferentes situações de mercado, o que não é o caso de outros bancos centrais da região, como o Banxico.

“O BC implicitamente transmite mensagem ao mercado de que uma depreciação desordenada não será tolerada; ação também visa reduzir efeitos de 2ª ordem da depreciação cambial à inflação”.