BC diz que só reduz estoque de swap cambial quando condições do mercado permitem

Diante da aversão ao risco após a eleição de Donald Trump esta semana, o BC interrompeu as operações com swap cambial reverso e na quinta anunciou que voltaria a renovar contratos com a oferta de swap cambial tradicional

Estadão Conteúdo

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O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse nesta sexta-feira, 11, em Santiago, no Chile, que a instituição só age para reduzir o estoque de contratos de swap cambial quando há condições adequadas no mercado. A afirmação acontece após o BC interromper a oferta de contratos de swap cambial reverso – operação que reduz o estoque de swaps e tem efeito equivalente à compra de dólares no mercado futuro.

“O Banco Central só reduz o seu estoque de swaps cambiais quando as condições do mercado permitirem”, disse Ilan Goldfajn durante palestra na 20ª Conferência Anual do Banco Central do Chile. Segundo apontamentos do presidente do BC publicados na página da instituição na internet, Goldfajn também exaltou a importância do regime de câmbio flutuante e disse que essa é “uma importante ferramenta”.

Diante da aversão ao risco observada no mercado após a eleição de Donald Trump nos Estados Unidos esta semana, o BC interrompeu as operações com swap cambial reverso e na quinta anunciou que voltaria a renovar contratos com a oferta de swap cambial tradicional – operação que tem efeito comparável à venda de dólares no mercado futuro.

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No Chile, Ilan Goldfajn citou ainda que, do ponto de vista das economias emergentes, a liquidez abundante e a lenta recuperação do crescimento entre as grandes economias cria um “período benigno”. Nesse quadro, o presidente do BC destacou especialmente que a liquidez existente reduz o custo do crédito, o que favorece as economias emergentes.

Em meio a esse cenário positivo, o presidente do BC voltou a defender que emergentes devem aproveitar o ambiente favorável para executar os ajustes necessários na economia. “Para o Brasil, é importante aprovar reformas, o teto de gastos e a reforma da Previdência Social, para restaurar a confiança e criar condições para a recuperação econômica com inflação baixa e estável”, citou, segundo os apontamentos publicados pelo BC.

Sobre a inflação, o presidente do BC voltou a repetir que a autoridade monetária está comprometida em levar a inflação de volta à meta e mantê-la estável. “Isso ajudará a economia a recuperar confiança e retomar o crescimento”, disse.