Bitcoin dispara 10%, supera os US$ 7 mil e analista aponta: há espaço para subir ainda mais

Fluxo de boas notícias trás ânimo para o mercado que vê todas as principais moedas digitais subindo mais de 6%

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O Bitcoin ganha força e dispara mais de 10% na tarde desta terça-feira (17), movimento que também puxa todas as principais moedas digitais do mundo, que sobem forte com uma “onda positiva” de notícias, incluindo expectativa de um ETF de criptomoedas e também movimentos considerados técnicos por especialistas.

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Às 15h50 (horário de Brasília), o Bitcoin tinha ganhos de 10,32%, cotado a US$ 7.355, enquanto no Brasil a valorização era de 8,89% no mesmo horário, para R$ 28.100. Entre os destaques, o EOS tem alta de 10,06%, a US$ 8,84, enquanto o Ethere e Ripple saltam 6,77% e 8,42%, respectivamente, para US$ 508,74 e US$ 0,508262.

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Para o especialista em criptomoedas, Safiri Felix, um resumo do que se vê no mercado agora é um interesse crescente e avanço de iniciativas para investidores institucionais, além do fato de que nas últimas semanas a liquidez do mercado estava baixa, o que faz com que qualquer movimento mais forte na ponta compradora acabe puxando os preços de forma mais rápida.

“O mercado cripto funciona de forma similar a um sistema de canais, que se comunicam de forma muita rápida e ininterrupta. A medida que vai se formando uma onda positiva de notícias, aumenta o apetite dos investidores gradativamente nas corretoras. Se o fluxo se intensifica, gera uma onda de liquidação em quem tava operando vendido (short squeeze). A liquidação desses contratos gera demanda adicional por Bitcoin, o que completa o ciclo”, explica Safiri.

Exatamente por conta deste sistema que o especialista não recomenda que os investidores operem vendidos em Bitcoin. “O preço cai de escada, mas quando reage não sobe de elevador, pega logo um foguete”, afirma. Ele explica que o movimento de repique já vem se apresentando nos últimos dias, mas que surpreendeu o fato da moeda ter rompido a resistência dos US$ 6.800 com bastante força. “Vejo gás para o movimento seguir até perto dos US$ 7.500”, diz. Clique aqui para assinar o relatório CryptoInsights e receber as melhores análises do mercado.

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Entre os fatores que animam o mercado está a expectativa pela decisão que será tomada pela SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) sobre a criação de um ETF pela CBOE, a bolsa de valores de Chicago. Se a proposta fora aceita, abre as portas para a entrada de investidores institucionais, o que pode levar a um forte fluxo comprador no mercado.

Na véspera, já havia um movimento de forte alta nos preços das criptomoedas após o jornal britânico Financial News informar que a maior gestora do mundo, a BlackRock, criou um grupo de trabalho para explorar formas de aproveitar o mercado de moedas digitais e o blockchain. A publicação, citando duas fontes não identificadas, disse que a BlackRock está estudando se deve investir em futuros de bitcoin.

Nesta terça também foi publicado um relatório pelo G20 com os primeiros detalhes sobre o debate acerca das moedas digitais que deve ocorrer nos próximos dias, quando o grupo de reúne. Pelo texto, a entidade não vê as criptomoedas como um risco para a estabilidade econômica global, algo que está sendo bem visto pelo mercado. Apesar disso, o foco do grupo será debater mecanismos para monitorar o mercado e evitar que estes ativos gerem algum tipo de instabilidade na economia.

Safiri ainda ressalta outros eventos que ajudam a animar os investidores, como as notícias de que a IBM está trabalhando em um projeto de “stablecoin”, além de uma grande emissão de Tether (também conhecido como dólar digital por sua paridade com a moeda norte-americana), o que, segundo o especialista, geralmente puxa os preços para cima.

O que se vê é um início de recuperação nos preços que pode ter continuidade nos próximos meses se as projeções se confirmarem. Há meses que especialistas apontam que a tendência é que o segundo semestre seja bastante positivo conforme pesos como a tensão de aprovação regulatória e expectativa por entrada de investidores institucionais sejam deixados para trás. Resta esperar para ver.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.