Bitcoin vai acabar com o dinheiro que usamos hoje em poucos anos, diz estrategista do Deutsche

SÃO PAULO – A revolução gerada pelas criptomoedas caminha para um novo patamar: o fim do dinheiro fiat. Nos últimos dias, especialistas começaram a comentar sobre esta grande mudança que pode estar mais próxima do que as pessoas imaginam. É o caso do estrategista Jim Reid, do Deutsche Bank.

Segundo o Business Insider, o especialista prevê que o atual sistema monetário poderia começar a entrar em colapso na próxima década, criando um clima que estimularia o aumento de um sistema monetário alternativo. Reid disse recentemente que o atual sistema monetário fiat é “intrinsecamente instável e propenso a uma alta inflação”.

O sistema com dinheiro fiat teve início em 1971, quando o presidente americano Richard Nixon desvinculou o dólar do ouro. Também chamado de moeda fiduciária, este ativo é qualquer título não-conversível, ou seja, não é lastreado a nenhum metal, como ouro e prata, e não tem nenhum valor intrínseco. Seu valor advém da confiança que as pessoas têm em quem emitiu o título, como cheques, por exemplo.

Nesta semana, o megainvestidor Tim Draper, que ganhou dinheiro investindo em empresas como Skype, Tesla e Twitter, afirmou que “em cinco anos, se você tentar usar a moeda fiat, as pessoas vão rir de você”. “O Bitcoin e outras criptomoedas serão tão relevantes que não haverá razão para ter as moedas fiduciárias”, disse ele na conferência WebSummit.

As moedas de fiat, disse ele, são limitadas pelas fronteiras do país. O naira nigeriano cai 30% quando você atravessa a fronteira. Fora da Argentina, o peso é moeda não grata, e há outros países onde isso também é acontece, explicou o investidor. “O dólar americano viaja muito bem, assim como o euro, mas também há desafios aqui”, completou. Para Draper, isso está próximo de acabar.