Com futuro incerto, bitcoin chega a perder os US$ 900 com investidores migrando de moeda

Acontecimentos com reguladores na China e nos EUA estão elevando as dúvidas sobre o futuro da moeda, que pode ver um "racha" de investidores

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – As últimas semanas têm sido bastante complicadas para o bitcoin, e durante o último final de semana, a moeda chegou a perder, em menos de um dia, tanto o patamar de US$ 1.000 quanto os US$ 900, em um cenário de bastante volatilidade diante do risco de um potencial “garfo” (entenda o que isso significa clicando aqui), que tem levado investidores a buscarem outras criptomoedas.

Desde fevereiro, apenas dois dias (18 e 19 de março) o bitcoin operou abaixo de US$ 1.000. Nesta segunda-feira (27), porém, a moeda volta a ganhar força e registrava cotação de US$ 1.030, segundo o site Coindesk.com. Em 10 de março, a divisa bateu sua máxima histórica de US $ 1.325.

Recentemente, uma série de eventos tem afetado os preços, incluindo a oposição de reguladores chineses às trocas de bitcoin, enquanto as autoridades dos EUA rejeitaram uma proposta para criação de um ETF baseado na moeda. Tudo isso tem levado à grandes questões sobre o futuro do bitcoin.

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Uma das grandes questões envolve a quantidade de transações que podem ocorrer dentro de seu sistema. Tem sido noticiado um aumento considerável do tempo de espera para que estas operações sejam concluídas. Um grupo chamado Bitcoin Unlimited tem lutado para aumentar o tamanho dos blocos da cadeia para facilitar este processo, mas há um grande risco disso criar uma divisão, surgindo duas moedas diferentes deste processo.

Com temores sobre o surgimento deste cenário, os investidores estão protegendo suas aplicações operando fora do bitcoin, esperando para ver se ou não se este “garfo” vai acontecer, e caso ocorra, o que irá acontecer com o mercado. Apenas este mês, as posições “short” (apostando na queda) em bitcoin aumentaram de 9.820 para 14.731, segundo dados do Bitfinex.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.