Os 5 assuntos que vão agitar os mercados nesta quinta-feira

Confira os assuntos que agitarão os mercados nesta sessão

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Os mercados internacionais têm uma quinta-feira (15) de leves altas, com o minério de ferro mantendo sua trajetória de alta. Na Ásia continuam os temores por uma tarifação aos produtos chineses, enquanto que no Brasil, o destaque é para os resultados da Petrobras que serão divulgados às 9h15, além da última cartada da defesa de Lula contra a prisão. Confira os destaques:

  1. 1. Bolsas mundiais

Os contratos futuros norte-americanos registram leves ganhos nesta manhã, revertendo as perdas da véspera, devido aos receios de esfriamento do consumo que vinha ajudando a sustentar crescimento nos EUA. Esta interpretação vem baseada na divulgação dos dados de varejo, que atingiram decréscimo de 0,1% em fevereiro, enquanto que era esperada alta de 0,3%. O mercado também fica de olho nos próximos passos do presidente dos EUA, Donald Trump, com a chegada do conselheiro Larry Kudlow à Casa Branca sinalizando suporte a um dólar forte e uma possível segunda fase da reforma tributária.

Na Ásia, a bolsa japonesa fechou em leve alta, também em movimento contrário às perdas de ontem. O movimento é lastreado na desvalorização do iene frente ao dólar. Na China, o mercado reagiu a uma multa recorde de U$ 870 milhões aplicada à uma empresa de logística, por manipular preços de ações no país. Os investidores asiáticos ainda repercutem a possibilidade dos EUA tarifarem os produtos chineses, no montante de U$ 60 bilhões, já que Trump quer reduzir o déficit comercial com o gigante.

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O minério de ferro continua sua recuperação, em alta de 1,03% (a 490 iuanes) na China, diante da alta produção industrial no país, anunciada na última quarta-feira (14). Enquanto isso, o petróleo opera praticamente estável.

Às 7h24 (horário de Brasília), este era o desempenho dos principais índices:

*S&P 500 Futuro (EUA) +0,13%

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*Dow Jones Futuro (EUA) +0,21%

*DAX (Alemanha) +0,36%

*FTSE (Reino Unido) +0,26%

*CAC-40 (França) +0,29%

*FTSE MIB (Itália) +0,32%

*Nikkei (Japão) +0,12% (fechado)

*Shangai (China) +0,01% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) +0,34% (fechado)

*Petróleo WTI +0,13%, a US$ 61,04 o barril

*Petróleo brent -0,02%, a US$ 64,88 o barril

*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dalian +1,03%, a 490 iuanes (nas últimas 24 horas)

*Bitcoin US$ 8.286,69 -7,31%
R$ 27.312 -5,17% (nas últimas 24 horas)

 

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2. Agenda de indicadores

Nos EUA, atenção às 9h30 para o índice de preços de importados de fevereiro, pedidos de auxílio-desemprego semanal, Empire Manufacturing a sondagem industrial do Fed da Filadélfia. Às 11h, serão revelados os dados de confiança do construtor e, às 17, o fluxo de capital estrangeiro. 

Entre os dados que ainda vão sair no Brasil, a coluna do Valor de Ribamar Oliveira aponta que a arrecadação de tributos administrados pela Receita Federal em fevereiro superou todas as expectativas e aumentou mais de 10%, em termos reais, ante mesmo mês de 2017, segundo dados preliminares do Siafi aos quais o jornal teve acesso. A arrecadação líquida descontada de restituições e incentivos fiscais ficou R$ 3 bilhões acima do esperado no mês passado, com o Refis ajudando a dar impulso ao resultado, afirma a publicação. 

3. IMTV

Na InfoMoney TV, às 15h30 será apresentado o InfoTrips, o programa sobre viagens do InfoMoney. Já no programa Você, Trader desta quinta-feira, o analista Rodrigo Cohen, da Rico Investimentos, comentará sobre os indicadores técnicos do mercado. Na transmissão ao vivo, que tem início às 17h, os investidores também poderão tirar suas dúvidas sobre o mercado de ações. Veja a grade completa clicando aqui. 

4. Notícias do dia

A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou na quarta-feira um novo pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF). para que o ministro Edson Fachin reconsidere a decisão liminar que negou o habeas corpus de Lula, e suspenda a ordem de prisão contra o ex-presidente até que as ações que discutem prisão após condenação em segunda instância sejam discutidas no plenário. Na última segunda, Fachin afirmou em entrevista que não vê razões nem teóricas nem práticas para o Supremo rever o entendimento sobre prisão após condenação em segunda instância. Sobre o julgamento em segunda instância que pode culminar pelo pedido de prisão do petista, o desembargador João Pedro Gebran Neto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, sediado em Porto Alegre, decidiu que a defesa será notificada 48 horas antes do “dia D” para o petista, quando devem ser analisados os embargos de declaração.

Sobre o cenário eleitoral, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga afirmou no Fórum Mundial que o PT muito provavelmente não estará no 2º turno e que a ausência do partido facilitaria debate sobre medidas como a reforma da Previdência. “Se as coisas melhorarem com eleição vamos ver entrada de muito dinheiro estrangeiro; pode até ser um problema do ponto de vista do câmbio”, afirmou. De olho nas eleições, o ministro da Fazenda Henrique Meirelles propôs a Michel Temer um acordo para ser candidato, segundo o Estadão. Se Temer aceitar o acordo, Meirelles deixará o comando da economia em abril e até o começo de julho fará viagens pelo País, já filiado ao MDB, com o objetivo de se tornar conhecido. Se o seu nome não decolar, ele retirará a pré-candidatura para apoiar o presidente ou apoiar um nome avalizado por Temer. 

5. Noticiário corporativo

No noticiário corporativo, a Petrobras se destaca: além de divulgar seus resultados do quarto trimestre de 2017 nesta manhã, a partir das 9h15 (horário de Brasília), com estimativa de um Ebitda de R$ 23,9 bilhões e uma receita de R$ 74,8 bilhões, a companhia obteve decisão judicial favorável no processo de R$ 2 bilhões pleiteados pela Refinaria de Manguinhos, sob a alegação de prática anticoncorrencial. A Eletrobras, anunciou um novo programa de demissão voluntária em que pretende cortar até 3 mil postos, além de ter comunicado também que realizará a eleição de três membros para o Conselho de Administração, sendo que um deles será eleito pelo Ministério de Minas e Energia.

A Braskem teve seu rating mantido em BBB- pela S&P, apesar de sua perspectiva ter sido alterada de negativa para estável. No radar de resultados, a Natura comunicou lucro líquido de R$ 256,8 milhões no 4º trimestre, acima da maior expectativa, que era de R$ 220 milhões. Já a Unipar entregou receita líquida de R$ 259,2 milhões no trimestre, enquanto que o indicador no mesmo período do ano anterior atingiu R$ 209 milhões.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.