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SÃO PAULO – Depois de subir 3.300 pontos desde o Carnaval, o Ibovespa passou por uma sessão de menor ânimo do mercado, deixando o índice próximo da estabilidade durante praticamente todo o dia de olhos nas notícias políticas, em especial a intervenção militar no Rio de Janeiro, que pode dificultar ainda mais a reforma da Previdência. Vale lembrar que na próxima segunda-feira (19) será feriado nos EUA, deixando as bolsas locais fechadas.
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O benchmark da bolsa brasileira fechou com leve alta de 0,28%, aos 84.524 pontos, levando o índice a registrar ganhos de 4,48% na semana. O volume financeiro neste pregão ficou em R$ 10,928 bilhões. Já o dólar comercial, por sua vez, teve queda de 0,45%, cotado a R$ 3,2213 na venda, após chegar a valer R$ 3,20 na mínima do dia. A moeda encerrou a semana com perdas de 2,45%, seu maior recuo semanal desde julho de 2017.
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O Rio de Janeiro acordou nesta sexta-feira com a notícia de que o presidente Michel Temer decidiu decretar intervenção na segurança pública do estado. Com isso, o Exército assumirá a segurança pública do Estado, com responsabilidade sobre as polícias, bombeiros e a área de inteligência, inclusive com poder de prisão de seus membros. O interventor será o general Walter Braga Neto que, na prática, substituirá o governador do Rio na área de segurança pública.
Essa decisão do governo pode suspender a tramitação da reforma da Previdência no Congresso, que já enfrentava bastante dificuldades para ser aprovada. De acordo com um dispositivo do texto constitucional, a Constituição não pode sofrer modificações na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio: “hoje tivemos a confirmação do enterro da votação da reforma da Previdência”, disse o diretor da mesa de câmbio da Wagner Investimentos, José Faria Júnior.
Em entrevista nesta manhã, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, afirmou que o decreto inviabiliza votar a Previdência na próxima semana e que o governo ainda não vai desistir do tema, que deve ir ao pleito na última semana do mês, como aproveitará para continuar trabalhando para conquistar os 308 votos necessários para aprovar o texto. Temer afirmou que suspenderia a intervenção se conseguir os votos para a Previdência, mas o cenário geral se tornou mais complicado.
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Novo corte na Selic ganha força
A aposta em redução da taxa básica de juros na reunião de março do Copom está deixando de ser minoritária, destacou a Bloomberg. O mercado de juros futuros, apontava nesta tarde um corte de 12,53 pontos-base para a próxima reunião do Comitê, atribuindo uma probabilidade implícita de 50,1% de queda adicional da Selic.
O movimento foi desencadeado pelo tom dovish da ata do Copom na quinta-feira (15), em que o Banco Central sinalizou que a inflação “em níveis confortáveis ou baixos” pode corroborar redução do juro para abaixo do patamar atual de 6,75%. Isso levou diversos analistas a revisarem suas projeções, esperando um novo corte no próximo mês. “Muitos players estão colocando a comunicação da ata no preço”, disse Rogério Braga, sócio-gestor da Quantitas, para a Bloomberg.
Com esta nova avaliação do mercado, o contrato futuro com vencimento em janeiro de 2019 teve queda de 4,5 pontos-base, para 6,61%, enquanto o DI para janeiro de 2021 afundou 10 pontos-base, para 8,62%.
Alckmin ganha força com Huck fora disputa
A decisão de Luciano Huck de ficar de fora da corrida presidencial deste ano deve favorecer Geraldo Alckmin, afirmam analistas políticos, concentrando no governador de São Paulo o selo de candidato reformista e ajudando na busca de maior apoio pelos partidos de centro: “é bom para Alckmin porque ele vai sobrando como candidato dessa coalizão”, afirmou Richard Back, analista político da XP Investimentos, em entrevista para a Bloomberg. Inclusive, segundo matéria da Coluna do Estadão, Huck avalia apoiar Alckmin na disputa ao Planalto, o que seria importante já que ele ainda patina nas pesquisas de intenção de voto. Veja mais em: o político que mais tem a comemorar com a desistência de Luciano Huck A despeito do desempenho ainda baixo nas pesquisas de intenção de voto, o tucano avança como opção às siglas do chamado “centrão” ao seu melhor estilo, na base do “resta um”, sem movimentos abruptos. Contudo, a aglutinação ainda não apresentou grandes avanços sobre partidos como o DEM, do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, o PSD, do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, e até o MDB, do presidente Michel Temer. As três siglas seriam vitais para a composição de uma coalizão sólida para a eleição presidencial. Contudo, destaca a Eurasia Group, os riscos para mercado podem aumentar sem o apresentador na disputa, pois não há outro reformista claro com credenciais para aproveitar a onda “antiestablishment”, ou seja, fora dos nomes comuns da política. No entanto, a consultoria aponta ainda que o prazo final para candidatos se filiarem a partidos políticos é 7 de abril: “em teoria, Huck ainda pode decidir mais perto dessa data anunciar sua candidatura à Presidência”. De qualquer forma, as chances de ele concorrer diminuíram”, aponta. Destaques de ações
Do lado negativo, destaque para as ações do Pão de Açúcar, que sofreram um processo de correção depois de subirem 8% em dois dias. Do outro lado, as ações da Fibria e Suzano subiram forte refletindo a matéria do jornal O Estado de S. Paulo apontando que as empresas voltaram a discutir possível fusão para criar gigante global. Segundo fontes do jornal ligadas ao BNDES, as duas empresas consultaram separadamente o banco de fomento sobre a parceria entre elas e não encontraram objeção. Procurada pelo jornal, a Fibria e seus acionistas informaram que “não estão cientes de qualquer negociação envolvendo a companhia. Não existe, no momento, nada em andamento”. Já a Suzano não quis comentar o assunto, enquanto o BNDES não retornou os pedidos de entrevista. As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram: As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram: As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram: * – Lote de mil ações
Cód.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
FIBR3
FIBRIA ON
57,30
+6,60
+19,75
238,25M
GOAU4
GERDAU MET PN
7,48
+6,25
+29,19
196,43M
GGBR4
GERDAU PN
15,91
+6,07
+28,51
311,10M
SUZB3
SUZANO PAPELON
21,23
+4,63
+13,59
90,35M
ITSA4
ITAUSA PN
13,40
+2,37
+23,84
333,25M
Cód.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
BRKM5
BRASKEM PNA
44,02
-3,74
+2,68
84,48M
BRFS3
BRF SA ON
29,70
-2,62
-18,85
139,29M
PCAR4
P.ACUCAR-CBDPN
71,32
-2,57
-9,64
72,01M
LREN3
LOJAS RENNERON
34,19
-2,31
-3,66
56,68M
WEGE3
WEG ON
22,87
-2,31
-5,14
53,49M
Código
Ativo
Cot R$
Var %
Vol1
Vol 30d1
Neg
ITUB4
ITAUUNIBANCOPN EDJ
50,69
+0,18
1,66B
817,44M
34.778
VALE3
VALE ON
46,03
+0,17
968,16M
761,34M
38.915
PETR4
PETROBRAS PN
19,42
+0,10
675,72M
943,88M
34.110
ITSA4
ITAUSA PN
13,40
+2,37
333,25M
222,17M
25.921
GGBR4
GERDAU PN
15,91
+6,07
311,10M
169,47M
34.032
BBDC4
BRADESCO PN
38,67
-0,18
278,56M
520,30M
17.744
BBAS3
BRASIL ON
40,30
+1,00
263,41M
424,36M
15.584
FIBR3
FIBRIA ON
57,30
+6,60
238,25M
134,06M
15.804
GOAU4
GERDAU MET PN
7,48
+6,25
196,43M
124,23M
19.140
ABEV3
AMBEV S/A ON
22,37
+0,31
176,99M
273,10M
23.621
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão) IBOVESPA