Petrobras não fará novos acordos com acionistas; novo IPO na Bolsa e prévia da MRV agitam o radar

Confira os principais destaques corporativos da noite desta terça-feira (16)

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – O noticiário corporativo volta a ficar agitado na noite desta terça-feira (16), com destaque para a fala o presidente da Petrobras, Pedro Parente, assim como a possibilidade de um IPO de uma subsidiária da imobiliária JHSF. Confira os destaques:

Petrobras (PETR3; PETR4)
Pedro Parente, presidente da Petrobras, afirmou que a empresa não está considerando a possibilidade de fechar acordos no Brasil e em outros países para ressarcir investidores por conta dos atos de corrupção investigados na Operação Lava Jato, como aconteceu recentemente nos Estados Unidos.

“A Petrobras não considera fechar acordos em outros lugares. Formos forçados a isso pelas contingências da legislação americana. Não temos qualquer disposição a fechar acordos em outras jurisdisções, a menos que as respectivas legislações, depois de um processo longo como aconteceu nos Estados Unidos, venham a demandar a empresa”, afirmou.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Segundo ele, a legislação brasileira é diferente e não prevê que a empresa seja processada, mas sim os administradores. “Como vocês sabem, os administradores que provocaram esse prejuízo. Todos já estão sendo processados pela ação diligente da Polícia Federal e procuradores da justiça brasileira”, afirmou.

Recentemente, a Petrobras fechou um acordo para encerrar ação coletiva de investidores estrangeiros, que corria em Nova York, contra a estatal, na qual se propôs a pagar US$ 2,95 bilhões àqueles que compraram ações da empresa nos EUA.

JHSF (JHSF3)
A JHSF Participações informou que está fazendo uma reestruturação societária para consolidar suas atividades de shopping centers em subsidiárias, o que pode levar à realização de um IPO (Oferta Pública Inicial) de ações.

Continua depois da publicidade

Em comunicado, a empresa confirmou “a existência de análises, conjuntas com seus assessores financeiros, para, após a conclusão da reorganização, eventualmente realizar oferta pública de distribuição de ações da mencionada subsidiária”.

Carrefour (CRFB3)
O Carrefour Brasil teve vendas brutas de R$ 13,6 bilhões no quarto trimestre, uma alta de 5,3% ante o mesmo período do ano passado. No conceito mesmas lojas, a venda total do grupo no período, em que a empresa abriu 29 novas lojas, subiu 1,4%, segurada pela bandeira de atacarejo Atacadão, que teve expansão de 2,2%. Já a bandeira de supermercados Carrefour sofreu queda nas vendas mesmas lojas de 0,1%.

MRV Engenharia (MRVE3)
A construtora e incorporadora MRV Engenharia, maior parceira do Minha Casa Minha Vida (MCMV), expandiu os lançamentos e as vendas no quarto trimestre de 2017, conforme relatório operacional preliminar.

Os lançamentos somaram R$ 1,671 bilhão em valor geral de vendas (VGV) entre outubro e dezembro, alta de 56% frente aos mesmos meses do ano passado. Esse crescimento, segundo informou a companhia, foi resultado da expansão do banco de terrenos.

Os projetos da MRV que já contam com registro de incorporação – prontos para lançamento – totalizam 23 mil unidades e VGV de R$ 3,5 bilhões.

No trimestre, foram adquiridos 39 terrenos, representando um VGV potencial de R$ 3,2 bilhões. A companhia disse que continua com a estratégia de expansão do seu banco de terrenos com o foco em reabastecer as cidades onde já atua e expandir as operações nas grandes cidades.

A MRV registrou vendas líquidas de R$ 1,451 bilhão de outubro a dezembro, crescimento de 43,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

As vendas brutas subiram 34,2%, para R$ 1,735 bilhão, atingindo volume recorde para um trimestre da companhia. Além disso, os distratos recuaram 0,2%, para R$ 285 milhões, o equivalente a 16,4% das vendas brutas. Um ano antes, esse patamar era de 22,1%. Na comparação com o terceiro trimestre de 2017, no entanto, houve elevação de 7,4% nos distratos.

A MRV encerrou o quarto trimestre com geração de caixa de R$ 38 milhões. De acordo com a companhia, a geração de caixa foi afetada negativamente por um “comportamento errático apresentado pelos sistemas de agentes financeiros”. A incorporadora afirmou que tal comportamento gerou um menor número de assinaturas e impediu a companhia de repassar “um volume significativo de unidades”.

No acumulado do ano, a empresa concluiu as obras de 38.140 imóveis e fez o repasse de 35.391 clientes para o financiamento bancário.

(Com Agência Estado)

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.