Como o peru de Ação de Graças ensina a teoria do Antifrágil em uma imagem

História do peru do maior feriado americano pode ensinar uma das maiores lições que todo investidor precisa saber

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Um dos pontos mais importantes do filósofo Nassim Taleb sobre a antifragilidade é a capacidade das pessoas estarem preparadas para as coisas imprevisíveis da vida. Isso é algo que os investidores sabem muito bem por conta de um termo criado exatamente por Taleb, o Cisne Negro. E um dos principais pratos do Dia de Ação de Graças é um grande exemplo sobre isso.

Conhecido como “Problema do Peru”, a expressão mostra a falta de capacidade que temos de prever o futuro e como confiamos cegamente em dados históricos. O peru é alimentado e cuidado com carinho pelos humanos durante 1.000 dias, ou seja, se fossemos fazer uma projeção para o dia 1.001 da vida do peru, a expectativa mostraria que ele seria novamente alimentado e cuidado.

A questão é que o dia 1.001 é Ação de Graças, e o peru simplesmente é morto para virar comida dos humanos. Neste cenário, o gráfico da vida do peru se torna isso aqui:

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Basicamente, essa história mostra que o animal tinha um conhecimento limitado do mundo, com uma base de dados históricos de 1000 dias. A questão é que nós humanos temos um conhecimento limitado do mundo, com uma base de dados que se resume ao passado. Ou seja, somos todos perus.

Segundo o economista e apresentados do programa Antifrágeis do InfoMoney, Richard Rytenband, a lição do peru é estar sempre preparado para o que ainda não aconteceu, ser sempre redundante. “A frase chave é que a ausência de evidência não significa evidência de ausência. Não é porque não encontramos algo que aquilo não existe”, explica.

Os ensinamentos de Taleb valem para qualquer situação da vida, e para os investidores não é diferente. O filósofo mostra em suas obras a importância de se estar sempre preparado para algo de ruim. Não é porque os números mostram que está tudo bem, que o ambiente está ótimo, que nada negativo acontecerá. Por mais otimista que o mercado esteja, é preciso estar de olho, nunca se sabe quando um Cisne Negro acontecerá.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.