Cade rejeita fusão entre Kroton e Estácio; IPO do Carrefour e mais notícias agitam a noite

Confira os principais destaques corporativos da noite desta quarta-feira (28)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Mais uma noite de noticiário agitado no mercado brasileiro, com destaque para os detalhes da estreia do Carrefour com ações na B3. Chama atenção ainda a escolha do novo presidente da Light e novidades envolvendo a Rossi. Confira os destaques:

Kroton (KROT3) e Estácio (ESTC3)
SÃO PAULO – O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) rejeitou nesta quarta-feira (28) a fusão entre Kroton e Estácio por 5 votos a 1. Proferido pela relatora Cristiane Alkmin, o único voto favorável, porém, apresentava uma série de restrições que deveriam ser cumpridas.

Conselheiros Gilvandro Araújo, Alexandre Cordeiro, João Paulo
Resende e Paulo Burnier, além do presidente do Cade, Alexandre Barreto, votaram pela rejeição do acordo.

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Já Alkmin havia apontado que, para a aprovação do negócio, a Kroton teria de, entre outras coisas, vender seus ativos presenciais que somariam 124 mil alunos, além de alienar a marca Anhanguera, com um conjunto de ativos que soma 258 mil alunos.

A relatora ainda indicou que a companhia teria uma meta de 5 anos para manutenção ou melhora dos seus índices de qualidade, enquanto a empresa fruto da união não poderia aumentar sua oferta de cursos por pelo menos 1 ano.

Carrefour
O Carrefour informou nesta quarta-feira que definiu a faixa de preço indicativo para a oferta inicial de ações (IPO na sigla em inglês) para a sua unidade brasileira, por meio do Atacadão, que pode movimentar de R$ 4,5 bilhões a R$ 5,6 bilhões.

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A faixa de preço, fixada entre R$ 15 e R$ 19 por ação ordinária, avalia o “o patrimônio do Carrefour Brasil na época do IPO, após o aumento de capital, de R$ 29,7 bilhões a R$ 37,6 bilhões”, disse a varejista francesa.

O IPO será composto de uma oferta primária de 205.882.353 ações, como parte de um aumento de capital que representa 10,4% do capital social após a conclusão da oferta básica, e uma oferta secundária de 91.261.489 ações vendidas pelo Carrefour e pela Península, da família Diniz, terceira maior acionista do grupo francês.

“Como parte da oferta secundária, Carrefour e Península podem oferecer respectivamente 34.461.489 e 56.800.000 ações, representando 1,7% e 2,9% do capital após a conclusão do oferta básica”, acrescentou o Carrefour.

“Sujeito às condições de mercado, a fixação do preço das ações do Grupo Carrefour Brasil deve acontecer em 18 de julho e a listagem das ações na bolsa paulista deve, portanto, começar em 20 de julho de 2017.”

Light (LIGT3)
O Conselho de Administração da Light aprovou nesta quarta-feira a eleição de Luís Fernando Paroli Santos para os cargos de diretor-presidente e diretor de Desenvolvimento de Negócios e Relações com Investidores, segundo fato relevante.

Paroli Santos substituirá a executiva Ana Marta Horta Veloso, que renunciou à presidência da elétrica na última sexta-feira, cargo que ocupava desde dezembro de 2015.

Paroli Santos foi indicado ao cargo pelo Conselho de Administração da Cemig, onde atuava como diretor de Distribuição e Comercialização.

Segundo o comunicado, o conselho da companhia também aprovou a eleição de Roberto Caixeta Barroso para os cargos de diretor de Finanças e diretor de Gente e Gestão Empresarial. Os dois executivos deverão ocupar os cargos até o fim do mandato, que se encerra em 31 de agosto de 2018.

Rossi (RSID3)
A Rossi informou que quitou sua dívida de R$ 110 milhões com a RB Capital por meio de dação de imóveis prontos. Com isso, a empresa faz uma diminuição imediata de sua alavancagem, despesas financeiras e custo de carregamento de estoque. A dívida resultou de operações de crédito contratadas desde 2011, em que a gestora comprava terrenos e permutava com a Rossi.

Pelo acordo, a RB tinha rentabilidade mínima assegurada sobre a venda de unidades incorporadas em cada área. Como os percentuais pré-definidos não foram alcançados, a Rossi passou a ter dívida com a gestora.

(Com Reuters)

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.