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SÃO PAULO – Após uma sessão de recuperação e surpresa, com o mercado digerindo positivamente o radar corporativo — com destaque para a notícia de Fabio Shvartsman como novo presidente da Vale — no Brasil, enquanto os investidores acompanhavam o noticiário político nos Estados Unidos com cautela, o Ibovespa Futuro iniciou a terça-feira (28) sinalizando movimento levemente positivo, em linha com o desempenho das principais bolsas mundiais. Às 9h04 (horário de Brasília), os contratos futuros do índice com vencimento em abril operavam com variação positiva de 0,03%, a 64.720 pontos.
No mesmo horário, os contratos de juros futuros com vencimento em janeiro de 2018 recuavam 2 pontos-base, a 9,83%, ao passo que os DIs com vencimento em janeiro de 2021 operavam estáveis, a 9,86%. Já os contratos de dólar futuro com vencimento em abril deste ano caíam 0,08%, sinalizando cotação de R$ 3,128.
Confira ao que se atentar neste pregão:
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- Bolsas mundiais
Após sessões de tensão em meio às dúvidas quanto à capacidade do governo Donald Trump aprovar reformas no Congresso – culminando com o revés da última sexta-feira sobre a reforma do sistema de saúde – a sessão é de maior ânimo para os principais mercados mundiais, sugerindo alívio após tensão com política nos EUA. - Após o susto da última semana, há avaliação de parte do mercado que o fato de Trump não ter conseguido que fosse para a votação o plano de saúde que substituiria o “Obamacare” não deve comprometer o avanço da reforma tributária e os investimentos em infraestrutura que estão no radar do mercado. Além disso, o mercado fica atento à fala da chairwoman do Federal Reserve, Janet Yellen, na tarde desta terça.
- Na Ásia, os mercados acionários da China caíram, com o otimismo sobre os dados mostrando aumento dos lucros nas indústrias ofuscados por novas restrições imobiliárias e sinais de que a política monetária pode ser apertada ainda mais. Os lucros das indústrias do país subiram 31,5 por cento nos primeiros dois meses de 2017 em relação ao mesmo período do ano anterior devido ao aumento dos preços das commodities, dando novos sinais de recuperação econômica na China. A China adotou regras para restringir a compra de novas propriedades comerciais em Pequim na mais nova medida do governo para desacelerar o mercado imobiliário, enquanto o banco central optou por não injetar recursos no sistema bancário citando “níveis relativamente altos de liquidez”. No mercado de commodities, o minério de ferro registra movimentos divergentes em Dalian e em Qingdao, enquanto o petróleo sobe.
Este era o desempenho dos principais índices:
*FTSE 100 (Reino Unido) +0,03%
*CAC-40 (França) -0,08%
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*DAX (Alemanha) +0,50%
*Xangai (China) -0,43% (fechado)
*Hang Seng (Hong Kong) +0,63% (fechado)
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*Nikkei (Japão) +1,14% (fechado)
*Petróleo brent +1,00%, a US$ 51,26 o barril
*Petróleo WTI +1,03%, a US$ 48,22, o barril
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*Minério de ferro negociado com 62% de pureza no porto chinês de Qingdao +0,54%, a US$ US$ 82,01 a tonelada
*Contratos futuros do minério de ferro negociados na bolsa chinesa de Dailian -2,69%, a 543 iuanes
Agenda
É esperada para esta terça o anúncio do corte no orçamento e de uma eventual elevação dos impostos. No entanto, depois que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, cancelou uma reunião com seu colega do Planejamento, Dyogo Oliveira, na véspera; anúncio sobre contingenciamento e imposto pode ficar para quarta ou quinta.. Entre os indicadores domésticos de destaque estão a nota de mercado aberto do BC, às 10h30, e o relatório mensal da dívida pública, ainda sem hora marcada. Veja a agenda completa de indicadores clicando aqui No exterior, as atenções se concentram nos discursos da presidente do Fed, Janet Yellen, às 13h50, e de outros três integrantes do Fed: Esther George, do Kansas, às 13h45, Robert Kaplan, de Dallas, 14h, e Jerome Powell, às 17h30. Pela manhã, saem a balança comercial, os estoques no atacado e no varejo e os preços residenciais, todos às 9h30. Em seguida, às 10h45, serão conhecidos os PMI de Serviços e Composto. Às 11h, são divulgados a confiança do consumidor e a sondagem industrial do Fed de Richmond. Noticiário político
Em Brasília, o Planalto acompanha de perto o andamento do processo que pede a cassação da chapa Dilma-Temer no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Na véspera, o relator Herman Benjamin encaminhou o relatório final aos demais ministros da Corte Eleitoral e pediu ao presidente, Gilmar Mendes, que inclua o tema na pauta de votações. Segundo fontes, é possível que o julgamento tenha início já na próxima semana. A expectativa é de que o relator peça a cassação da chapa e a Folha apontou três sinais para tanto. Por outro lado, o PSDB recuou e isentou o presidente Temer em ação para cassação da chapa. Ainda no radar político, pode entrar na pauta da Câmara dos Deputados o projeto de lei que trata da renegociação da dívida dos Estados. Entre as contrapartidas previstas estão a elevação de alíquotas de contribuição social de servidores, redução de incentivos tributários e privatizações. A proposta prevê que um socorro de um a três anos, com prorrogação pelo mesmo período inicial. Vale destacar ainda as notícias de que o governo protagonizou dois recuos importantes ontem. Temer decidiu não tirar totalmente do projeto de mudanças os servidores públicos estaduais. A estratégia é incluir na proposta em discussão na Câmara um artigo que dá aos governadores o prazo de seis meses para aprovarem nas Assembleias Legislativas os regimes próprios para seu funcionalismo. Caso contrário, passa a valer para eles as mesmas regras federais. Além disso, também desistiu do que estava sendo chamada “terceirização branda”, ou seja, aprovar o projeto sobre o tema que está no Senado. Sancionará a proposta aprovada na Câmara. Alguma mudança será incluída no projeto de reforma trabalhista, em tramitação na Câmara e que o presidente Temer espera ver aprovado nas próximas semanas. Confira mais clicando aqui. Por fim, está a Lava Jato: o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin deve anunciar no mês que vem se aceita os 83 pedidos de abertura de investigação contra citados nas delações de ex-diretores da empreiteira Odebrecht no âmbito da Operação Lava Jato. De acordo com a assessoria do ministro, o trabalho de análise dos pedidos entrará pelo mês de abril. Além disso, nesta manhã, a Polícia Federal (PF) deflagrou a 39ª fase da Lava Jato, com um mandado de prisão sendo cumprido na cidade do Rio de Janeiro. Diretor de RI da EzTec na InfoMoney TV
Nesta terça-feira, às 14h, a InfoMoney recebe o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da construtora EzTec, Antônio Emílio Fugazza. Além de comentar o momento do setor e o desempenho da companhia, Fugazza também abordará a questão dos distratos e responderá a perguntas dos internautas pelo chat da InfoMoney TV. Para assistir à programação ao vivo, clique aqui. Noticiário corporativo
O noticiário corporativo é movimentado, com destaque para a repercussão da escolha do nome de Fabio Schvartsman, CEO da Klabin, para a presidência da Vale, que foi bem recebido pelo mercado. A mineradora ainda informou a conclusão da transação de equity de carvão com Mitsui. Em destaque entre as recomendações, a Klabin foi rebaixada para neutra pelo Bradesco BBI, enquanto a Braskem foi rebaixada para market perform pelo Itaú BBA. A Raia Drogasil foi elevada para compra pelo BTG Pactual. Atenção ainda para os resultados: a Sabesp teve lucro líquido de 946,9 milhões de reais no quarto trimestre, mais que o dobro em relação aos 460,9 milhões de reais apurados no mesmo período de 2015. Já a Eletrobras teve prejuízo líquido atribuído aos controladores de 6,26 bilhões de reais no quarto trimestre, ante resultado líquido negativo de 10,33 bilhões no mesmo período de 2015. A CSN, por sua vez, informou que não arquivará junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) as demonstrações financeiras referentes ao exercício de 2016 dentro do prazo legal estipulado. Contudo, a empresa antecipou ao mercado alguns números do balanço não auditado. A receita líquida somou 4,519 bilhões de reais no quarto trimestre, 1 por cento maior em relação ao terceiro trimestre.