Os 5 assuntos que vão agitar o mercado nesta quarta-feira

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta quarta-feira

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário desta quarta-feira é movimentado, com o mercado repercutindo a aprovação da PEC 241 em segundo turno na Câmara, em uma nova vitória para o governo Michel Temer, mas por placar abaixo do primeiro turno, além de repercutir a temporada de balanços. Além disso, o dia é de aversão ao risco para as bolsas mundiais, com os mercados de olho nos balanços e nos dados de petróleo dos EUA. Confira os destaques desta quarta-feira (26):

1. Bolsas mundiais
O dia é de queda para a maior parte das bolsas mundiais, com os mercados de olho nos balanços corporativos nos EUA e na Europa. As bolsas europeias têm 3ª baixa e o S&P futuro recua; destaque para a projeção da Apple para vendas em feriado é menor que o previsto. Além disso, a companhia anunciou 1ª queda anual de vendas desde 2001. Entre os dados econômicos europeus, destaque para o índice de confiança do consumidor da Alemanha, que caiu para 9,7 na pesquisa de novembro do instituto GfK, de 10,0 na leitura de outubro. O resultado frustrou analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam estabilidade do indicador, a 10,0.

Já na Ásia, os mercados chineses tiveram a maior queda em uma semana nesta quarta-feira, parcialmente devido às preocupações com a liquidez mais apertada que elevaram os rendimentos dos títulos, com uma correção nas ações do setor de recursos básicos compensando a força nos setores de saúde e consumo. Embora a preocupação com a depreciação do iuan tenha diminuído nesta quarta-feira, há temores sobre a liquidez mais apertada, uma vez que os rendimentos dos títulos chineses de 10 anos se elevaram pelo terceiro dia. O restante da região também apresentou perdas, seguindo os passos dos mercados norte-americanos, que recuaram com resultados empresariais decepcionantes. Já a  Bolsa de Tóquio fechou em leve alta, sustentada por balanços positivos no Japão.

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Já o petróleo cai após API apontar alta dos estoques americanos, que serão revelados hoje à tarde; o cobre e o níquel recuam em Londres.

Às 08h03, este era o desempenho dos principais índices:

* FTSE 100 (Reino Unido) -0,93%

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* CAC-40 (França) -0,79%

*DAX (Alemanha) -0,97%

* Xangai (China) -0,46% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) -1,02% (fechado)

*Nikkei (Japão) +0,15% (fechado) 

*Dow Jones Futuro (EUA) -0,45%

*Petróleo brent -1,24%, a US$ 50,16 o barril

2. PEC 241
A Câmara dos Deputados concluiu na madrugada de hoje (26) a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que limita os gastos públicos pelos próximos 20 anos à inflação do ano anterior, ao rejeitar os seis destaques da oposição que pretendiam alterar o texto-base. Agora a proposta será encaminhada ao Senado, também em dois turnos de votação. O texto-base foi aprovado em segundo turno por 359 votos a favor, 116 contrários e duas abstenções.

No Senado, para a PEC ser aprovada, são necessários um mínimo de 49 votos em cada votação. Se aprovada sem modificações em relação ao texto da Câmara, a PEC será promulgada pelas mesas-diretoras do Senado e da Câmara e passará a integrar a Constituição Federal. A intenção da base-aliada do governo no Senado é acelerar a tramitação da proposta para que ela seja aprovada em segundo turno ainda no mês de novembro.

3. Agenda nacional
Além da PEC do teto, destaque para os dados nacionais. Às 9h (horário de Brasília), o Banco Central divulga dados sobre operações de crédito do último mês e nota sobre a política monetária. Já o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, almoça com chairman e CEO da BlackRock, Laurence Fink, às 13h, e se reúne com o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, às 15h, e com embaixador da Itália no Brasil, Antonio Bernardini, às 17h.

Já o presidente do Banco Central Ilan Goldfajn se reúne com Paulo Skaf, presidente da Fiesp, depois se reúne com Murilo Portugal, presidente da Febraban, e com Renan Calheiros Filho, governador de Alagoas. À tarde, participa da abertura da Missão Anual da Agência de rating Standard & Poor’s, e se reúne com investidores da Blackrock.

Vale destacar que o presidente do Banco Central afirmou nesta terça-feira que a política monetária só deve ser flexibilizada quando a inflação permitir. “O BC vai flexibilizar a política monetária na medida que a inflação permitir, nem mais nem menos”, afirmou em entrevista concedida para a GloboNews.

4. Agenda internacional
A agenda econômica internacional é movimentada. Nos EUA, serão divulgados os dados de estoque do atacado de setembro às 10h30 e de vendas de casas novas do mesmo mês às 12h. Já às 12h30, serão revelados os números semanais dos estoques de petróleo nos EUA; é esperada uma alta de 1,17 milhão de barris. Já às 23h30, destaque para a China, com a divulgação dos lucros industriais.   

5. Noticiário corporativo
O noticiário corporativo é movimentado nesta terça, com destaque para o resultado do Santander, que lucro R$ 1,884 bilhão no terceiro trimestre. Já a Telefônica Brasil teve lucro líquido de R$ 952,7 milhões, ante estimativa de R$ 979,5 milhões. Além disso, João Paulo Brotto Gonçalves Ferreira é eleito novo CEO da Natura . Confira mais clicando aqui. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.