Ibovespa Futuro mostra cautela em semana de decisões de juros pelo mundo

Dólar e DIs sobem enquanto índice opera sem direção, mantendo inércia dos últimos dias

Equipe InfoMoney

Publicidade

SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre estável nesta segunda-feira (25), acompanhando o movimento das bolsas internacionais antes de decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Japão ao longo da semana. Por aqui, entrevista do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, na Folha de S. Paulo, fica no radar após ele acenar para aumento de impostos e juros altos por um longo período caso o teto dos gastos não seja aprovado n o Congresso.  

Às 9h22 (horário de Brasília), o contrato futuro do índice para agosto tinha leve alta de 0,05%, a 57.480 pontos.

Já o dólar futuro para o mesmo mês tem alta de 0,12% a R$ 3,268. No caso do câmbio, ele sobe no mundo inteiro com expectativas de que o Federal Reserve, o banco central norte-americano, adote um caminho de elevar os juros por conta da melhora no cenário econômico do País. “O Dólar é sustentado pela recuperação da confiança dos investidores na economia dos EUA e pelos lucros das empresas, que fortalecem levemente as expectativas de aumento de juro este ano”, disse à Bloomberg, Koji Fukaya, da FPG Secirities, em Tóquio.

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2018 avança 2 pontos-base a 12,85%, ao passo que o DI para janeiro de 2021 registra ganhos de 3 pontos-base a 12,09%. 

Entre as commodities, o minério de ferro spot com 62% de pureza e entrega no porto de Qingdao subiu 1,77% a US$ 56,86 a tonelada seca. Já o petróleo registra perdas de 0,79% a US$ 45,33 o barril do Brent. 

Agenda brasileira
Sai na terça-feira (26) a ata da última reunião do Copom. O dado é o mais aguardado desta semana, mostrando se o BC realmente vai esperar até pelo menos outubro antes de cortar as taxas de juros. Fica o suspense para o próprio texto da ata, já que a nova diretoria do BC tem promovido uma grande revolução na maneira da autoridade monetária de se comunicar desde que entrou. A ata será divulgada pelo Banco Central às 8h30 (horário de Brasília). 

Continua depois da publicidade

Ainda na lista de indicadores brasileiros importantes da semana, o resultado primário consolidado das contas públicas de junho deve apresentar um número ruim, segundo a Rosenberg Associados. “O Resultado Primário do Setor Público consolidado, que inclui os Estados e Municípios, que também estão em situação fiscal delicada, deve confirmar o consenso de piora dos resultados fiscais no curto prazo. A nova meta aprovada permite um expressivo déficit de até R$ 170,5 bilhões (2,7% do PIB). Enquanto as medidas fiscais propostas não forem aprovadas, a dívida pública segue aumentando num ritmo insustentável”, diz a consultoria. O indicador sairá na sexta-feira (29) às 10h30. 

Também na sexta-feira (29), sai a Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio). A pesquisa produz informações contínuas sobre a inserção da população no mercado de trabalho e suas características, tais como idade, sexo e nível de instrução. O principal dado que o indicador trará é o desemprego referente ao primeiro trimestre. As expectativas dos economistas da LCA são de que haja um avanço para 11,3% na taxa. A Pnad Contínua investiga 211.344 domicílios particulares permanentes em aproximadamente 16.000 setores censitários, distribuídos em cerca de 3.500 municípios.

Ilan Golfajn e Henrique Meirelles 
Atenção ainda às falas do presidente do Banco Central , Ilan Goldfajn, e do ministro da Fazenda Henrique Meirelles. Após a reunião do G20 na China, Goldfajn destacou dois fatores que favorecem as economias emergentes. Em primeiro lugar, Ilan comentou que o impacto do Brexit foi marginal no crescimento econômico mundial. Além disso, aumentou a expectativa de elevação da liquidez por parte dos bancos centrais do Japão, Reino Unido e da zona do euro.

Já para a Folha de S. Paulo, o ministro da Fazenda; segundo ele, o reajuste de tributos virá se a proposta do teto de despesas não passar. Sobre a repatriação de capitais brasileiros no Exterior, uma das apostas do governo para engordar seu cofre, Meirelles disse que “os recursos começarão a entrar quando as pessoas perceberam que não haverá mudanças de regras”. Disse ainda que no momento não pretende mexer na desoneração da folha de pagamento. Não mostrou entusiasmo com um novo Refis.

Japão e EUA
O mercado vai ficar atento à reunião do Bank of Japan desta semana, que se encerra na sexta-feira. A expectativa é de que o Banco do Japão afrouxe mais a política monetária na reunião que termina na sexta-feira, enquanto o primeiro-mnistro, Shinzo Abe, ordenou estímulos fiscais.

O Federal Open Market Committee divulga a sua decisão de juros na quarta-feira (27) às 15h. É o evento mais importante do cenário macroeconômico externo e deve ser acompanhado de perto pelos investidores. 

Na sexta será divulgada a primeira estimativa do PIB (Produto Interno Bruto) dos Estados Unidos para o segundo trimestre de 2016. A expectativa mediana dos economistas é de que a maior economia do mundo cresça 2,6%, ante 1,1% registrados no primeiro trimestre. O número sai às 9h30. 

Relatório Focus
Também tinha algum peso por aqui o Relatório Focus, com a mediana das projeções de diversos economistas, casas de análise e instituições financeiras para os principais indicadores macroeconômicos. A previsão para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2016 foi de uma contração de 3,25% para uma maior, de 3,27%, mas foi mantida para 2017 em um avanço de 1,10%. Já no caso do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), que é o medidor oficial de inflação utilizado pelo governo, as projeções são de que haja um avanço de 7,21% este ano, contra 7,26% projetados anteriormente.

Cenário externo
Em uma semana repleta de decisões de política monetária nos EUA e no Japão, as bolsas europeias registram alta nesta segunda-feira (25), impulsionadas por dados de confiança na Alemanha. O índice de sentimento das empresas Instituto Ifo da Alemanha caiu para 108,3 em julho, de 108,7 em junho. Este resultado ficou acima da expectativa de analistas, que previam recuo do indicador a 107,5.

O dia é de alta do dólar, com apostas de que Fed manterá sinalização de alta de juros este ano, ainda que siga com taxa inalterada na reunião do dia 27. No noticiário corporativo, os papéis da William Hill disparam com interesse da 888 Holdings e Rank Group em fazer oferta de aquisição conjunta pela companhia de apostas; Ryanair, com manutenção de previsão de lucro anual, e Ericsson, com saída de CEO, também são destaques de alta. Já as bolsas chinesas fecharam com leve alta em uma sessão fraca nesta segunda-feira, enquanto o Nikkei terminou em leve queda de olho na decisão do BoJ desta semana.

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.

Confira a programação ao vivo da InfoMoney TV: 

[livestream url=”https://livestream.com/accounts/7176272/events/2767025/”]