Votação do impeachment em Comissão e mais 4 eventos para acompanhar na semana que vem

Mercado fica de olho em noticiário político e importantes indicadores como a ata do Copom e o relatório de emprego dos EUA

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa fechou a última semana em leve alta de 1,90%, deixando o noticiário político de lado para seguir o cenário externo e as decisões de política monetária aqui, nos Estados Unidos e no Japão. Nos próximos dias, a política voltará a ser importante, principalmente para quem é investidor de Bolsa.

Pelo calendário oficial da Comissão do Impeachment, o relatório com parecer sobre o processo depois de ouvidos os argumentos da acusação e da defesa, deve ser votado na sexta-feira (6). A percepção geral é de que o relator do pedido no Senado, Antonio Anastasia (PSDB-MG), recomende a instauração do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. Assim como na Câmara dos Deputados, os investidores já vão ficar de olho na margem pela qual deve ser aprovado o pedido, já que embora o afastamento seja decidido no plenário por maioria simples, serão necessários dois terços do Senado para concluir o impeachment terminados os 120 dias de suspensão da presidente da República. Na avaliação de Paulo Gomes, economista da Azimut, esse deve ser o principal driver do mercado na próxima semana.

Dito isso, Gomes não acredita que por mais barulho que possam fazer no domingo as manifestações contra o impeachment – que podem ter a presença de Dilma e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Vale do Anhangabaú – elas não terão muito impacto em Bolsa. “Isso não deve interferir na votação do impeachment. Hoje em dia, há uma minoria isolada contra o impedimento, mas quase se reconhece que eles não têm voto para vencer na Comissão”, afirma. Para ele, mesmo que Dilma e Lula aproveitem este fim de semana para abraçar a tese de novas eleições para enfraquecer o vice-presidente, Michel Temer, isso não gerará resultados. “O Temer sobreviveu a muitas crises que eliminaram caciques políticos de 20 anos atrás. Ele é muito hábil e tem uma equipe forte de negociação”, acredita o economista.

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Saindo da política, o principal indicador a se acompanhar será a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária). Segundo Gomes, o mercado se precipitou ao classificar de “hawkish” (agressivo, no sentido de subir juros), o comunicado da decisão da última quarta-feira. “Eu vejo um ponto de inflexão, porque ao invés de justificar, como em março, o por quê do comitê não ter subido os juros, o comunicado se esforçou em justificar o fato de não ter cortado juros”, explica. O economista da Azimut acha que a ata, sem mencionar um corte de juros, vai citar indicadores que justifiquem as reduções das taxas no futuro. A resposta disso no mercado provavelmente será uma correção para baixo dos contratos futuros de DI, principalmente os mais curtos, que subiram forte depois da decisão da quarta. 

A seguir, os destaques da agenda econômica semanal:

IPCA (Brasil)
Aqui no Brasil, terá o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de abril que sai na sexta-feira (6). O dado pode ser importante para balizar as próximas decisões do Copom (Comitê de Política Monetária). Segundo as projeções da LCA Consultores, o índice deve ter um crescimento de 0,52% na comparação mensal, após ter avançado 0,43% em março. O IPCA será divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) às 9h (horário de Brasília). 

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Ata do Copom (Brasil)
Sai na quinta-feira (5) a ata da última reunião do Copom. O dado é o mais aguardado da semana que vem, mostrando os motivos por que o comitê decidiu não elevar a taxa básica de juros da economia brasileira na última reunião. A ata será divulgada pelo Banco Central às 8h30 (horário de Brasília). 

PIB (EUA)
Principal indicador observado pelo Fed antes de subir os juros nos EUA, o relatório deve registrar uma criação de 215 mil vagas de acordo com a expectativa mediana do mercado. Apenas números bem acima disso serão suficientes para que a autoridade monetária se sinta confortável para elevar os juros na reunião de março. Ainda vale a pena olhar para os ganhos por hora trabalhada, que devem ter um avanço de 0,4% e para a taxa de desemprego, que economistas projetam que se mantenha em 5%. O indicador será divulgado às 9h30 da sexta-feira (6).  

Para ver a agenda completa da semana que vem, clique aqui.

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