Ibovespa Futuro abre em alta com EUA, mas perde forças; resultados no radar

Maior parte das bolsas pelo mundo registra alta em meio às boas notícias da Apple e do Facebook; no Brasil, destaque para resultados do Bradesco, Usiminas, Fibria e Natura

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após duas sessões de queda, o Ibovespa Futuro aponta para uma sessão de recuperação da Bolsa brasileira. Às 09h15 (horário de Brasília), o contrato futuro com vencimento em junho registra leves ganhos de 0,05%, a 52.500 pontos, perdendo forças em relação ao início da sessão, quando registrou alta mais expressiva na esteira no cenário internacional positivo com as boas notícias vindas da Apple e do Facebook na véspera, que impulsionam as bolsas pelo mundo. 

A Apple aprovou na última quarta-feira (23) um programa de recompra de ações até 2015 e que podem atingir US$ 30 bilhões de dólares. A companhia anunciou também um desdobramento de ações na proporção de sete para uma, respondendo a cobranças de acionistas para compartilhar mais dinheiro de seu caixa. 

Reagindo as notícias as ações da Apple saltaram quase 8%, para US$ 566,50, no after-market, atingindo o nível mais alto desde dezembro do ano passado e somando cerca de US$ 35 bilhões ao seu valor de mercado. As ações do Facebook também animaram os investidores neste pregão, após o resultado da empresa de rede social sair acima da estimativa do mercado.

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No Brasil, o noticiário corporativo também está bastante movimentado, com a intensificação da temporada de resultados do primeiro trimestre. Quatro empresas que compõem o Ibovespa divulgaram os seus números. 

Bradesco (BBDC4), segundo maior banco privado brasileiro, anunciou um lucro líquido ajustado de R$ 3,47 bilhões no primeiro trimestre, o que representa um crescimento de 18% sobre o mesmo período de 2013. O resultado ficou levemente acima do esperado pelo analistas do BB Investimentos, que apontavam para um lucro de R$ 3,37 bilhões. Usiminas (USIM5) anunciou os resultados do primeiro trimestre de 2014, registrando um lucro líquido de R$ 222 milhões, 372% superior ao do quarto trimestre de 2013 e revertendo o prejuízo líquido de R$ 123 milhões registrados entre janeiro e março do ano passado.  

A Fibria (FIBR3) registrou um lucro líquido de R$ 19 milhões no primeiro trimestre, uma queda de 20,8% frente ao mesmo período do ano anterior. No quarto trimestre, a companhia havia registrado um prejuízo líquido de R$ 185 milhões. Por fim, o lucro da Natura (NATU3) caiu 6%, afetado por despesas com depreciação e amortização e financeiras, além do impacto de impostos, afirmou a empresa. 

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Fora da temporada de balanços, chama atenção as notícias envolvendo a Petrobras (PETR3PETR4). A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber aceitou o pedido da oposição e decidiu na véspera que o Senado deve instalar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) exclusiva sobre a Petrobras.

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 índice Nikkei, liderou as perdas do continente com queda de 0,97% após um encontro entre o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e o presidente norte-americano, Barack Obama, não gerar nenhum avanço concreto em um acordo comercial para o país e desanimar os investidores. O índice de Shangai Composto, benchmark da China, também apresentou perdas neste pregão e encerrou com queda de 0,50%

A exceção do continente foi o Hang Seng, índice chinês, que encerrou a sessão com leve alta de 0,24%.

Já no continente europeu, destaque para a fala do presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mario Draghi, que sugeriu que o Conselho de Governadores da autoridade monetária deveria se reunir mais do que uma vez por mês para definição da política monetária e, além disso, divulgar as atas desses encontros, como faz o Federal Reserve, dos EUA.

“Com a necessidade de evitar ruído de curto-prazo nos mercados, devemos refletir sobre a frequência das nossas reuniões de política monetária”, afirmou. 


Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.