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Lançado em 2002, o Tesouro Direto acumula mais de 15 anos de história, consolidando-se cada vez mais como uma alternativa viável de aplicação segura e de baixo custo – qualquer pessoa física a partir de R$ 30 no bolso pode se tornar um investidor. Desde o início das operações, muitas mudanças foram feitas, títulos deixaram de ser negociados e outros foram lançados, mas você se lembra quais foram o melhor e o pior ano do programa de compra e venda de títulos públicos, em termos de rentabilidade?
Nos dois cenários, o protagonista é o mesmo: o Tesouro IPCA+ 2035, conhecido oficialmente como NTN-B Principal. Esse ativo tem sua rentabilidade dividida em duas partes: uma delas segue a inflação oficial utilizada pelo Governo e a outra é dada por uma taxa prefixada, conhecida no momento da compra do título público.
Essa é a rentabilidade que será paga ao investidor se ele mantiver o ativo até sua data de vencimento, em janeiro de 2035. Acontece que, se optar pela venda antecipada, abrirá mão desse acordo e receberá o valor de mercado do título, que é influenciado, basicamente, pelas mudanças nas taxas de juros de mercado – quanto menor, maior o preço e os ganhos do investidor.
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Foi esse cenário o observado em 2016. No ano passado, o Tesouro IPCA+ com vencimento em 2035 acumulou ganhos de 47,81%. É importante notar que a taxa de juros de mercado é diferente da taxa Selic. Ela oscila diariamente, variando em função de fatores como expectativas e situação econômica.
Nem sempre, no entanto, os títulos públicos ganham. Quando as taxas de juros de mercado sobem, os preços caem e o investidor pode até mesmo ter prejuízo. Foi isso o que aconteceu em 2013, quando esse mesmo título público registrou perdas de 33,04%. Para esse levantamento, foram considerados apenas os papéis disponíveis para venda no ano em que foi analisado.
Para evitar o sobe e desce do mercado
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O Tesouro Direto oferece títulos públicos com três indexadores diferentes. Para investidores que podem precisar resgatar o dinheiro antecipadamente e pretendem se distanciar das oscilações de mercado, o Tesouro Selic, também conhecido como LFT, costuma ser a alternativa mais indicada. Esse ativo é inteiramente indexado à taxa Selic, cuja meta é definida pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central em reuniões com intervalos aproximados de 45 dias.
Por conta dessa característica, o Tesouro Selic apresenta oscilações menos intensas, tanto nos bons anos quanto nos ruins. Em 2016, por exemplo, o ativo com vencimento em 2021 teve rentabilidade de 13,59%, bem inferior ao Tesouro IPCA+. Mas, em 2013, o Tesouro Selic com vencimento em 2017 foi um dos poucos títulos públicos a encerrar o ano no campo positivo, com ganhos de 8,11%.