ESPECIAL: Com expectativa de aquecimento do mercado de trabalho, quais os melhores setores e carreiras para 2018?

Em meio à uma crise ainda não resolvida, muitos profissionais sofreram diante de demissões

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – 2017 foi um ano turbulento para o mercado de trabalho. Muitos profissionais sofreram diante de demissões e boa parte daqueles que estavam desempregados não conseguiram uma nova chance de ingressar no mercado devido à crise – ainda não superada. 

O InfoMoney conversou com consultores de carreira para entender quais as novas tendências do mercado de trabalho, depois de um período de angústias e incertezas que marcaram o ano que passou. 

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O ano de 2017 foi um ano de insegurança e de transformações para o mercado de trabalho,fazendo com que muitas carreiras enfrentassem dificuldades. Mas há uma expectativa positiva para 2018. É o que acredita Anna Cherubina, consultora em gestão estratégica de pessoas em empresas e coordenadora acadêmica da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo ela, o mercado de trabalho este ano ainda terá impactos da crise, mas em menor grau. “O mercado dará oportunidade para que os profissionais se aprimorem nas novas tendências”, acredita.  Para quem souber se preparar, vão existir mais chances de se recolocar no mercado este ano do que ano passado, aponta a coordenadora.

Entre as mudanças, umas das principais tendências é a busca por posições mais analíticas. “Cada vez mais vivemos em um mundo conectado, o que deverá ser o que chamamos de ‘indústria 4.0’. Por isso precisamos de profissionais que sejam capazes de fazer boas análises e  que consigam absorver a enorme quantidade de informações e dados que lidamos no dia a dia”, explica João Roncati, diretor da consultoria de carreira People Strategy. Com isso, podemos esperar que daqui para frente as carreiras que trabalham dados para melhorar o negócio e a capacidade intelectual e criativa estarão em alta.

Normalmente, em anos com economia mais retraída, a demanda acaba caminhando para áreas em que a diminuição de custos são prioritários e as empresas focam menos em investimentos a longo prazo. Em 2017, no entanto, o resultado foi inesperado com algumas mudanças em relação a esse paradigma. “É possível dizer que as necessidades das empresas e dos novos modelos de negócios se sobressaíram em relação ao momento econômico do país”, afirma Luiz Valente, CEO da consultoria de carreira Talenses.

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Mesmo em um ano conturbado algumas áreas não atravessaram um 2017 tão ruim. Foi o caso dos setores de tecnologia, finanças e marketing e logística, por exemplo, que mesmo com a crise, e em ritmo mais lento, contrataram profissionais. “Cientistas de dados, profissionais de marketing digital e desenvolvedores de software foram algumas das carreiras em destaque neste ano”, explica Cherubina. Em relação a logística, a crescente demanda dessa área neste ano tem como principal motivo a necessidades das empresas de cuidarem de forma criteriosa de seus custos e processos, considerando a circunstâncias econômicas ruins, segundo Valente.  

Em 2018, o Brasil começa a ver uma recuperação ponderada. “Vamos respirar um pouco, mas não será o ano de grandes investidores. Teremos um crescimento gradativo, com aumento da empregabilidade. A expectativa é positiva”, prevê a professora da FGV.

O ano de 2017 foi turbulento para muitas áreas, com queda nas contratações, mas Cherubina entende que dois setores em especial sofreram mais com o momento que o país enfrenta: o setor do comércio e serviços e, e o da indústria da construção civil. “Nesses setores em especial, deixaram de ser contratados muitos gerentes e vendedores de lojas, estoquistas pela retração do comércio, assim como muitos estabelecimentos em todo o país fecharam. O mesmo aconteceu na construção civil, muitos engenheiros civis, arquitetos, mestres de obras, operários, controladores de materiais, supervisores de obras ficaram, e ainda estão, desempregados, por falta de investimento em obras e da ausência de contratações no setor”, explica Cherubina.

Muito se fala sobre o desaparecimento de profissões com a chegada da tecnologia. “Já ouvi que 50% das carreiras que existem hoje podem desaparecer. Mas não acredito nisso”, diz a professora. Mesmo as profissões que estão em baixa, não vão desaparecer, pelo menos por enquanto. Ela acredita que a longo prazo, elas podem ser ameaçadas pelo surgimento das novas tecnologias, mas à priori todas vão se adaptar ao novo mercado que está surgindo.

O InfoMoney compilou os dados de três consultorias: Talenses, Michael Page, e People,Strategy da Catho e da FGV para chegar aos setores e carreiras que os especialistas acreditam que estarão em alta em 2018.

Principais setores que estarão em alta em 2018:

Os especialistas listaram os setores que estarão aquecidos ano que vem, considerando uma retomada gradual da economia do país. São as áreas que provavelmente terão mais oportunidades de trabalho daqui para frente. 

Tecnologia: a área está em constante transformação e é mais rápida que as outras, justamente por ser responsável em trazer inovação para todos os outros setores, automatizando-as e potencializando-as. Dessa forma, devem surgir muitas novas oportunidades no próximo ano e a tendência de companhias do setor crescer pode impulsionar contratações;

Marketing: com o começo da retomada da economia, a área de Marketing deverá receber mais investimentos no próximo ano, porque pode gerar melhores resultados para as empresas. Devido à transformação para o mundo digital, profissões que antes não existiam e que devem aquecer no próximo ano, como às voltadas para redes sociais, que cada vez mais tem trazido bons frutos às empresas.

Finanças: na expectativa de um próximo ano melhor que 2017, a retomada gradual de contratações e a possibilidade de transição na carreira estão aquecendo a área. Muitas carreiras terão boas oportunidades no setor, impulsionadas pelo surgimento de novas tecnologias;

Agricultura: o mercado está em ascensão, mas há espaço para melhorias. Por isso, tem investido mais na profissionalização capacitada. É necessário contar com profissionais experientes de diferentes áreas. Dessa forma, é possível controlar melhor os processos, conquistar novos investimentos e, sobretudo, inovar. Há uma ressalva, em relação a mobilidade que sempre será um grande desafio, porque o setor se espalha em todo território nacional;

Bens de consumo: apesar do consumo ter diminuído, os itens essenciais não deixarão de ser comprados. É uma ótima oportunidade marcas com preços mais agressivos ganharem espaço;

Farmacêutico: a compra de remédios e itens farmacêuticos também não costuma diminuir independente do cenário econômico. Esse é considerado um setor essencial, então sofre menos o impacto das adversidades econômicas do país, além de avanços na área de tecnologia. Por isso, em 2018 pode oferecer oportunidades de  trabalho;

Sustentabilidade: muitas empresas estão reforçando a equipe nessa área. Isso vem acontecendo devido, principalmente, a dois fatores: a conquista de benefícios fiscais por meio de ações de sustentabilidade e uma maior exposição da marca.

 Carreiras e Profissões 

Em relação as carreiras que estarão em alta, muitas relacionadas a exatas, dados e tecnologia se destacam para o próximo ano. A lista está organizada em ordem alfabética. Confira:

Account Controller

O que faz: lidera as áreas de Contabilidade e Controladoria das empresas, com grande visão de negócio e interação com o dia a dia da companhia.

Perfil da vaga: conhecimento técnico financeiro, domínio completo das rotinas de contabilidade, controladoria e cada vez mais das de tesouraria e planejamento financeiro/estratégico. Formação em Economia, Contabilidade ou Administração são mais frequentes.

Motivo para alta em 2018: necessidade da área financeira se aproximar cada vez mais do negócio de suas empresas, ao mesmo tempo em que são mais exigidas tecnicamente pelas matrizes/investidores.

Média Salarial: R$ 20 mil a R$ 35 mil

Advogado especialista em Cibercrimes

O que faz: o profissional defende causas de crimes cometidos virtualmente. Age dentro da legislação brasileira. Pune hackers e internautas que utilizam a internet para cometer crimes como injúria, calúnia e difamação, furtos, extorsão, ameaças, violação de direitos autorais, pedofilia, estelionato, fraudes e desvio de dinheiro de contas bancárias.

Perfil: formação em Direito e é preciso ter a capacidade de adaptação do Código Penal para o que acontece no campo virtual. É preciso ser capaz de encontrar a solução jurídica para um problema dentro de um campo que ainda não é perfeitamente regulamentado, que é a internet.

Motivos para estar em alta: muitas empresas e até pessoas físicas podem enfrentar problemas virtuais. Com o acesso fácil a internet e informações é preciso estar atento a ataques na internet. Por isso, cada vez mais as empresas buscam formas de se defender e estarem preparadas no campo virtual.

Média Salarial:  R$ 5 mil

Analista de cibersegurança

O que faz: cria ferramentas que garantam autenticidade de arquivos. Ele também rastreia usuários em um sistema, seja site, app ou servidor corporativo para que não exponham dados sigilosos. É uma espécie de vigia digital da companhia.

Perfil: saber analisar estratégias de segurança, que envolve gestão de riscos e a curadoria de dados que podem ajudar outras áreas em seu trabalho. É preciso ter ética e discrição, devido ao acesso de informações sigilosas. Graduação em Engenharia ou áreas da Tecnologia, como MBAs e mestrados na área se encaixam, além de certificações como a ISO 27.000. 

Motivo para estar em alta: com a tecnologia em alta, cada vez mais as empresas vão investir na segurança da sua informação.

Média salarial: R$ 4 mil até R$ 40 mil, dependendo do porte da empresa

Analista Contábil de Report

O que faz: profissional tem como principais obrigações a análise de contas, fechamento mensal e report internacional para matriz e explicação das variações contábeis.

Perfil: formação em Ciências Contábeis e ter um perfil analítico.

Motivo para alta: a contabilidade ao longo dos últimos anos passou de uma área de suporte para se tornar uma área próximo do negócio, que não só auxilia munindo a empresa com informações, mas também é importante na tomada de decisão. Isso gera uma grande exposição com as principais lideranças da empresa, principalmente as internacionais.

Média Salarial: R$ 5 mil a R$ 12 mil

Analista de Desenvolvimento Humano Organizacional

O que faz: mudança (ou fortalecimento) cultural. Estrutura uma avaliação de desempenho por competências, mapeamento de profissionais high performance e de posições-chave para crescimento adequado da companhia.

Perfil: formação em Psicologia ou Administração de Empresas.

Motivo para alta: após momento de redução de custos e recursos, as companhias enxergam a necessidade de fortalecer seu time para o momento de retomada de mercado. Para isso, há a necessidade de estruturação e amadurecimento cultural para atração e retenção de talentos.

Média Salarial: R$ 7 mil a R$10 mil

Analista de Investimentos

O que faz: tipicamente atuando em bancos ou outras empresas do segmento de serviços financeiros, esse profissional é responsável direto por selecionar ou dar recomendações sobre onde o dinheiro da empresa/ cliente devem ser alocados.

Perfil: a pessoa deve ter um perfil analítico, e formação em Economia, Engenharia, ou Administração. 

Motivo para alta: o mercado de serviços financeiros vem sofrendo constantes transformações e esse profissional é parte fundamental de qualquer empresa no segmento.

Média Salarial: R$ 3 mil a R$ 8 mil

Analista de Mídias Digitais

O que faz: responsável por conhecer com propriedade as principais redes sociais da companhia e tudo o que as envolve como perfil de usuários, performance, forma de conteúdo e metrificação, além de realizar o gerenciamento das mídias sociais. Auxilia na gestão da marca e comunicação da empresa.

Perfil: formação em Marketing, Publicidade e Propaganda, Comunicação Social e afins. As formações especializadas são cada vez mais valorizadas nesse mercado.

Motivo para alta: é uma profissão em ascensão pois cada vez mais as pessoas compram e buscam produtos/serviços pelas mídias digitais. As empresas precisam concentrar seus esforços na atração, engajamento e relacionamento com seus clientes nas redes sociais. Isso é importante tanto para posicionamento da marca quanto para se envolver com seu público de modo mais assertivo e atual.

Média Salarial: R$ 3 mil a R$ 6 mil

Business Partner (RH)

O que faz: desenvolve a melhor estratégia de Recursos Humanos para agregar valor no objetivo do negócio. Define padrões de cultura e valores organizacionais.

Perfil: generalista de Recursos Humanos é o ponto central da área com o negócio. Profissional com forte experiência na posição, visão de negócio, foco em resultado e liderança de equipe.

Motivo para alta: momento importante para trazer profissionais com visão de custo e mentalidade de parceiro de negócio.

Média Salarial: R$ 20 mil a R$ 30 mil

Comprador

O que faz: entende e domina a toda a rotina de compras, independente da categoria (Diretos, Indiretos, Produtivos, MRO, Capex, etc);

Perfil: formação em áreas variadas sendo mais comum Administração, Comércio Exterior e Engenharia. Deve ter perfil negociador e capacidade de comunicação, ser capaz de criar valor e trazer ganhos para sua empresa por meio do bom relacionamento com fornecedores e clientes internos, entendendo as necessidades de todas partes envolvidas no processo.

Motivo para alta: as empresas passaram a perceber cada vez mais a importância estratégica da área de compras para o resultado especialmente em períodos de crise. Desta forma, o perfil do profissional de compras mudou e as companhias buscam profissionais para prover a implementação de novas ferramentas, mudança de processos e procedimentos além da criação de novos indicadores de desempenho que possam gerar dados e análises estratégicas que guiarão a atuação da área.

Média Salarial: R$ 5 mil a R$ 10 mil

Cientista de Dados

O que faz: o cientista de dados é a combinação entre negócios e percepção estatística. É o profissional responsável por solucionar problemas do negócio com técnicas de orientação a dados, bem como detectar tendências que podem ajudar nos resultados de uma empresa.

Perfil: combinação com qualificações estatísticas, matemáticas e afinidade com manuseio de dados e big data. 

Motivo para alta: em um cenário onde as empresas precisam processar e analisar um grande volume de informações, o cientista de dados se tornou um profissional com grande busca em grandes empresas que buscam ter mais estratégia no negócio assim como inovações tecnológicas inteligentes.

Média Salarial: R$ 9 mil a R$ 15 mil

CFOs (Chefe de Setor Financeiro)

O que faz: na prática, é o diretor financeiro. Tipicamente é responsável pela tesouraria, controladoria, planejamento financeiro e pelo departamento tributário. Em algumas empresas pode acumular responsabilidade por outras áreas de suporte.

Perfil: formações em diferentes áreas, com destaque para Administração, Economia ou Engenharia. Geralmente faz carreira a partir das áreas de controladoria, auditoria ou tesouraria. Em alguns casos, os CFOs são oriundos de bancos (especialmente bancos de investimento). É um cargo de alta gestão da empresa. 

Motivo para alta: com um um ano ainda concentrado em reestruturação de dívidas (para empresas brasileiras), foco em avaliação e redução de custos e planejamento tributário os CFOs vêm sendo peças cruciais para as empresas.

Média Salarial: R$ 40 mil a R$ 90 mil, dependendo do porte da empresa.

Conselheiro

O que faz: representa os acionistas (ou parte deles) nas decisões estratégicas, na escolha e avaliação dos diretores e na avaliação dos resultados e cumprimento de obrigações da empresa.

Perfil: geralmente são ex-CEOs e ex-CFOs, com conhecimentos amplos em estratégia, finanças e avaliação de executivos sêniores. É uma posição que exige alta influência.

Motivo para alta: muitas empresas familiares preocupadas com sucessão, com a melhoria dos padrões de governança corporativa e preparando a empresa para receber um novo investidor (especialmente fundos de private equity).

Média salarial: R$ 12 mil a R$ 25 mil (considerando uma reunião mensal), dependendo do porte da empresa.

Diretor de transformação digital (diretor de e-commerce, diretor de marketing ou o diretor de TI/CIO)

O que faz: lidera todas as iniciativas de transformação digital e inovação das empresas. Os últimos anos foram marcados por forte expansão destes projetos, especialmente em varejistas, bancos e empresas de consumo.

Perfil: profissionais que já tiveram vivência relevante em e-commerce ou empresas “nativas digitais”, com grande capacidade de influência.

Motivo para alta: o mundo está passando pela transformação digital acelerada e é fundamental ter profissionais experientes e dedicados para liderar estes projetos dentro das empresas.

Média Salarial: R$ 40 mil a R$ 65 mil/mês, dependendo do porte da empresa.

Engenheiro de Software

O que faz: desenvolve softwares e aplicativos, realiza a análise de requisitos, define arquitetura de produtos, testes unitários e funcionais. Gerencia dados e sua integração.

Perfil: precisa ser um profissional analítico, com conhecimentos técnicos e agilidade no manuseio de dados. Bom raciocínio lógico e ser organizado.

Motivos para estar em alta: carreiras ligadas a tecnologia cada vez mais vão ganhar espaço no mercado de trabalho. Daqui para frente, as empresas vão precisar de profissionais para administrar e analisar dados de resultados.

Média Salarial: R$ 4.700

Engenheiro Químico

O que faz: pode criar e aprimorar produtos na indústria química, petroquímica e de alimentos e analisa sua viabilidade técnica e econômica. É capaz de projetar e coordenar processos industriais e supervisiona a manutenção e operação de sistemas. Desenvolve tecnologias limpas, processos de reciclagem e de aproveitamento dos resíduos da indústria química que contribuem para a redução do impacto ambiental.

Perfil: deve ter uma de visão sistêmica, formação sólida em matemática, física e química, e  é preciso ter familiarização com linguagem de programação. Relações interpessoais desenvolvidas e bom conhecimento de economia e administração.

Motivos para estar em alta: esse tipo de engenharia está cada vez mais ligado com a sustentabilidade e energia limpa, campo que muitas empresas estão se preocupando. Essa questão ambiental vai ganhar mais importância daqui para frente, o que pode impulsionar empregos para profissionais formados.

Média Salarial: R$ 5.850

Executivo de Big Data & Analytics 

O que o faz: uma de suas principais funções é fazer o tratamento dos dados históricos que a empresa possui, ou no caso os dados dos seus clientes, quem poderão ser decisivas em tomadas de decisões futuras da empresa. São informações valiosas, que uma vez interpretadas e colocado inteligência nelas, podem levar a performance da empresa para outro patamar, pois dará o foco correto para onde a estratégia da empresa deve se direcionar.

Perfil: formação para executivos pode ser em qualquer graduação em TI e se especializado na área de dados. 

Motivos para estar em alta: cada vez mais é uma área que passa ser estratégica para tomada de decisões das empresas.  No entanto, o grande desafio hoje é encontrar profissionais capacitados para a posição. 

Média Salarial: R$ 6 mil

Gerente comercial

O que faz: busca novas frentes de negócio e novas aplicações para a empresa;

Perfil: atuação consultiva, background técnico essencial e foco em desenvolvimento de mercado.  Formação em Admnistração e Engenharia. 

Motivo para alta: retomada da indústria e investimento das empresas nas áreas de negócios/frente comercial.

Média Salarial: R$ 12 mil a R$ 18 mil 

Gerente de Compliance e Riscos

O que faz: é o responsável por diagnosticar todos os riscos, priorizá-los conforme sua relevância e criar, junto às outras áreas, mecanismos para mitigá-los e monitorá-los para que não impactem negativamente a operação e o modelo de negócio.

Perfil: Formação em Administração, Economia, Ciências Contábeis ou Tecnologia da Informação, sólidos conhecimentos em SOX e experiência em Riscos ou áreas correlatas: Auditoria interna, Controles internos, Compliance e Governança Corporativa. Espera-se capacidade analítica. 

Motivos para estar em alta: o Brasil está vivendo um período de incertezas políticas e econômicas e expectativa de retração do PIB e aumento do desemprego. Nesse contexto, a área de Compliance e Riscos desempenhará um papel cada vez mais importante no monitoramento de riscos para evitar que a companhia seja afetada por fatores externos e internos inesperados. Além disso, a Lei no 12.846/2013, que responsabiliza as empresas pela prática de atos contra o poder público e o COSO 2013 potencializam os investimentos das companhias nesta área.

Média salarial: R$  7 mil

Gerente de Compras (Supply Chain)

O que faz: é responsável por garantir boas condições de pagamentos, manter relacionamento com fornecedores e assegurar que as áreas stakeholders sejam atendidas em suas demandas no momento correto.

Perfil: domínio das metodologias de compras e habilidades de gestão bem desenvolvidas e das rotinas da área de compras.

Motivo para alta: área extremamente sensível e estratégica em um momento de retomada, onde novos contratos serão firmados.

Média Salarial: R$ 18 mil a R$ 25 mil

Gerente de Expansão (TI)

O que faz: visualizar o desenvolvimento e comercialização de produtos e negócios como funções integradas, e não silos, direcionando a empresa  a repensar a melhor abordagem ao utilizar dados, tecnologia e infraestrutura.

Perfil: de forma cruzada com engenharia, design, análise, gerenciamento de produtos, operações e marketing para projetar e executar iniciativas de crescimento embasadas em tecnologia e desenvolvimento digital. Formação em Engenharia ou TI.

Motivo para alta: tal como acontece com muitas organizações de inovação, o que começa nas startups migra para organizações maiores que desejam operar de forma empresarial, demandando profissionais com habilidades e certezas de que os dados e infraestrutura estão no lugar certo.

Média Salarial: R$15 mil a R$ 25 mil

Gerente de Facilities

O que faz: apoia as operações da empresa de forma multidisciplinar com o objetivo de assegurar a funcionalidade do ambiente construído, por meio da integração das pessoas, propriedades, processos e tecnologias garantindo a produtividade e a qualidade de vida dos seus usuários.

Perfil: profissionais multitarefa com experiência em negociação e administração de contratos, gestão de equipes e capacidade de implementar e gerenciar indicadores de desempenho. Formação em Engenharia, Economia ou Administração. 

Motivo para alta: em razão da crise econômica, os orçamentos estão cada vez mais enxutos e esse profissional pode trazer reduções de custos expressivos com otimização de processos e renegociação de contratos para a empresa.

Média Salarial: R$ 15 mil a R$ 22 mil

Gerente de Franquias

O que faz: responsável pela expansão de franquias em marcas nacionais e internacionais.

Perfil da vaga: relacionamento com associações de franquias, grupos de shopping centers e contatos comerciais com franquiados capazes de fechar negócios sólidos.

Motivo para alta: empresas querendo se expandir com a colaboração de investidores terceiros.

Média Salarial: R$ 15 mil a R$ 20 mil

Gerente de Saúde, Segurança e Meio Ambiente

O que faz: gerencia todo sistema de Saúde, Segurança e Meio Ambiente da companhia, e por vezes também Sustentabilidade.

Perfil: profissional formado em Engenharia de Segurança do Trabalho, capaz de assegurar o cumprimento de regulamentos, implementar e defender políticas ambientais e garantir a segurança de seus colaboradores.

Motivo para alta: Com o advento da sustentabilidade e crescente preocupação com a segurança nas empresas, esse profissional com visão estratégica torna-se cada vez mais essencial no mundo corporativo.

Média Salarial: R$ 15 mil a R$ 20 mil

 Gerente de Tesouraria

O que faz: É o responsável pela gestão e pela projeção do caixa da companhia, monitorando as contas a pagar e a receber, o departamento de crédito e cobrança, a variação cambial, os seguros e as operações. Também coordena todas as formas de captação e de aplicações de recursos financeiros da companhia e se relaciona com as instituições financeiras.

Perfil: Formação em Economia, Administração ou Engenharia ou Economia, proficiência em inglês, perfil negociador, inovador, com bom jogo de cintura e raciocínio analítico e experiência sólida em fluxo de caixa e estruturação de dívida, tanto em empresas com grande volume de operações (varejo, serviços, TI e Telecom) quanto naquelas com ciclos maiores (infraestrutura, saneamento e agronegócio).  

Motivos para estar em alta: em virtude da crise, as corporações focam suas atenções também para o gerenciamento eficiente do seu caixa. Assim, buscam profissionais que ajustem o prazo de recebimento de clientes com o de pagamento a fornecedores, encontrem outras alternativas de financiamento, mitiguem os riscos de crédito e de liquidez e invistam recursos em aplicações seguras e com boa rentabilidade. 

Média salarial: R$ 15 mil/mês

Gerente de Transformação Digital – Marketing

O que faz:  implementa processos de mudanças digitais nas empresas, trazendo ferramentas e agregando conhecimento para a modernização do marketing.

Perfil da vaga: conhecimento em ferramentas de digital, além das noções básicas de marketing tradicional, onde a capacidade de mudança será primordial.

Motivo para alta: digital em grande crescimento com as empresas em constante transformação na área de marketing.

Média Salarial: R$18 mil a R$20 mil

Gerente de vendas

O que faz: faz parte do planejamento anual da empresa e avalia as melhores práticas do mercado, com o objetivo de cumprir metas e desenvolver novos negócios. Além disso, acompanha o desempenho da equipe e indicadores de vendas.

Perfil: graduação em Administração, Economia ou até Engenharia. Precisa ser comunicativo e entender da dinâmica do negócio que atua.

Motivos para estar em alta: com a expectativa de recuperação gradual da economia em 2018, as empresas vão buscar bons gerentes de vendas para impulsionar seus negócios e resultados.

Média Salarial: R$ 6 mil 

Growth Hacker

O que faz: profissional com foco no crescimento geral do negócio e alavancar resultados através de meios inovadores. Tem interface com praticamente todas as áreas da empresa (marketing, produto, vendas, finanças, etc).

Perfil: normalmente encontram-se profissionais com diversas formações, desde Administração, Marketing, Publicidade e Propaganda quanto também Engenheiros com especializações em negócios & marketing. É necessário que seja um indivíduo “inconformado” com as práticas atuais e que sempre busca inovação, entendendo também como aplicá-las dentro de um negócio.

Motivos para estar em alta: com o aumento do número de startups no Brasil e empresas 100% digitais, muitas vezes com poucos recursos, o termo já utilizado nos EUA (Vale do Silício) chega ao país suprindo a necessidade da inovação e alternativas para acelerar o crescimento dessas empresas.

Média salarial: R$ 4 mil

Sócio/Gerente de Contencioso Cível

O que faz: atua diretamente com processos jurídicos, resolvendo questões legais já em esfera judicial ou arbitral.

Perfil: profissionais com capacidade de coordenar equipe nesta esfera e com autonomia para conduzir casos estratégicos, além de processos em volume.

Motivo para alta: com a retração da economia, pode-se notar o aumento de conflitos e de cobranças, o que resulta no maior número de processos judiciais na esfera cível.

Média Salarial: R$ 15 mil a R$ 40 mil

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.